terça-feira, novembro 30, 2004

Ainda bem


Ainda bem,
Que você vive comigo
Por que senão,
Como seria essa vida?
Sei lá... sei lá.

Nos dias frios,
Em que nós estamos juntos
Nos abraçamos,
Sobre o nosso conforto
De amar... de amar.

Se há dores, tudo fica mais fácil,
Seu rosto silencia e faz parar.
As flores que me mandam são fatos
Do nosso cuidado e entrega.
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão.
Meu corpo sem o seu, uma parte
Seria um acaso e não sorte.

Entre tantos outros,
Entre tantos séculos,
Que sorte a nossa, hein?
Entre tantas paixões,
Nosso encontro, nós dois,
Esse amor.

(Vanessa da Mata)

sábado, novembro 27, 2004

A lua girou



A Lua Girou
adaptação: milton nascimento

A lua girou traçou no céu um compasso
Eu também quero fazer
Um travesseiro nos teus braços

Travesseiro dos meus braços
Só não faz quem não quiser
Um travesseiro dos meus braços


A Lua Girou
canção tradicional da bahia

A lua girou, girou,
Traçou no céu um compasso.
Eu só queria fazer
Um travesseiro dos seus braços.

Travesseiro dos meus braços,
Só não faz quem não quiser.
Sustenta a palavra de homem,
Que eu sustento a de mulher.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Oito anos


Por que você é Flamengo
e meu pai Botafogo?
O que significa
"Impávido Colosso"?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme?
Por que os dentes caem?
Por onde os filhos saem?
Por que os dedos murcham
quando estou no banho?
Por que as ruas enchem
quando está chovendo?
Quanto é mil trilhões
vezes infinito?
Quem é Jesus Cristo?
Onde estão meus primos?
Well, well, well
Gabriel...
Por que o fogo queima?
Por que a lua é branca?
Por que a Terra roda?
Por que deitar agora?
Por que as cobras matam?
Por que o vidro embaça?
Por que você se pinta?
Por que o tempo passa?
Por que que a gente espirra?
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que que a gente morre?
Do que é feita a nuvem?
Do que é feita a neve?
Como é que se escreve
Reveillón?
Well, well, well,
Gabriel

(Paula Toller)

terça-feira, novembro 16, 2004

Eu Quero Sempre Mais


A minha vida, eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei

Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais

Eu espero sempre mais de ti
Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

(IRA)

domingo, novembro 14, 2004

É Festa

Quando a gente ama faz qualquer loucura
Só se pensa em cama, se perde a censura
A alma desembesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar

Quando a gente gosta, gosta de anarquia
Anda descomposta, fica mais vadia
Faz o que não presta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar

Ah! Vale tudo na hora da gente amar
E a gente diz coisas que nem ia imaginar
Me lambe, me morde, me arranha, me bate
Ah! Isso não tinha que acabar

Quando a gente ama rir de orelha a orelha
Faz qualquer programa, o que der na telha
Canta até seresta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar

Quando a gente gosta some do analista
Topa até proposta de ser naturista
Ri de quem contesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar

Ah! Vale tudo na hora da gente amar
E a gente diz coisas que nem ia imaginar
Me lambe, me morde, me arranha, me bate
Ah! Isso não tinha que acabar

Quando a gente ama anda mais risonha
Vira mulher-dama, fica sem vergonha
Traz isso na testa, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar

Quando a gente gosta claramente assume
E se alguém encosta morre de ciúme
Paga até sugesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar

Até quando o sol raiar...

(Simone)

sábado, novembro 06, 2004

Tenho sede



Traga-me um copo d'água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco de água
E os meus olhos pedem teu olhar
A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede o teu amor
Se não me deres posso até morrer

(Gilberto Gil)