segunda-feira, julho 27, 2009

Saudosismo

segunda-feira, julho 20, 2009

I need a man to love

Cry Baby

Summertime

domingo, julho 12, 2009

Vamos viver


Vamos consertar o mundo
Vamos começar lavando os pratos
Nos ajudar uns aos outros
Me deixe amarrar os seus sapatos
Vamos acabar com a dor
E arrumar os discos numa prateleira
Vamos viver só de amor
Que o aluguel venceu na terça-feira

O sonho agora é real
E a chuva cai por uma fresta no telhado
Por onde também passa o sol
Hoje é dia de supermercado

Vamos viver só de amor

E não ter que pensar, pensar
No que está faltando, no que sobra
Nunca mais ter que lembrar, lembrar
De pôr travas e trancas nas portas

Uns dias


O expresso do oriente
Rasga a noite, passa rente
E leva tanta gente
Que eu até perdi a conta

Eu nem te contei uma novidade, quente
Eu nem te contei

Eu tive fora uns dias
Numa onda diferente
E provei tantas frutas
Que te deixariam tonta
Eu nem te falei
Da vertigem que se sente

Eu nem te falei
Que eu te procurei
Pra me confessar
Eu chorava de amor

E não porque sofria
Mas você chegou já era dia
E não estava sozinha
Eu tive fora uns dias
Eu te odiei uns dias
Eu quis te matar

Trinta anos

Chove à noite, chove
Os dois pés no chão
Só me faltam nove
Só me resta a visão
Ordem, quem quiser se vire, ordem
Eu vou atrás de mim
Vale tudo, vale livre, pasmem!
A voz me disse sim
Dorme à noite, dorme
Só eu é que não
Quadro que comove
Olhos, pés e mão
Ainda ontem, ainda há uma chance
A vida vive em mim
Bem maior tão desigual, bastante
E torna a dizer sim
Eu disse eu te amo
Me sentei no chão
São os trinta anos
E este colchão
E uma onda que não muda nunca
A dor que vai e vem
São remotas sensações longínquas
Agora eu lembro bem

Eu não sei nada

Eu não vim até aqui te divertir
Se me divirto, de algo já valeu
Não vim dançar, sorrir, te tratar bem
Lutar por algo que já não é meu

Eu sei do tempo, conheço seus danos
No que eu fui, no que eu não pude ser
Nos meus acertos e nos desenganos
Do que eu sei, nada serve pra você

E eu só quero dizer
Que eu não sei nada de você
E eu só quero dizer
Não sei muito de mim também

Os dedos que apontam rumos
Senhores, juízes do valor
Não são os meus, eu já não julgo
Não estou na sua pele, sua dor

Eu sei do tempo, conheço seus danos
No que eu fui, no que eu não pude ser
Nos meus acertos e nos desenganos
Do que eu sei, nada serve pra você

E eu só quero dizer
Que eu não sei nada de você
E eu só quero dizer
Não sei muito de mim também

Esta tarde


Alguma invenção
Que faça o tempo parar esta tarde

Quando se for o sol
Que a luz desse dia nunca acabe


Esteja sempre perto, sempre longe dos covardes

O errado e o certo, pra ter raiva e ter piedade
Arcos de toda cor vão escrever teu nome
Na paisagem
Te levo pela mão

E o viajar já é mais que a viagem

El Amor (El Amor Después Del Amor)


Meu amor, depois de te amar talvez
Seja como este raio de sol
Que me ajuda a ver por onde passar
Traz poesia ao intenso da dor
Traz encanto a qualquer obra
E se encanta com a flor
Depois de te amar eu estou
Tão pleno de amor

Sigo forte aqui, mergulhado em ti
Luto pra descobrir quem eu sou
Te vejo a sorrir ao me perguntar
Se me importo em saber pra onde vou
Tento refletir com calma
E atenção a qualquer som
Mergulhar em ti, meu amor
É sempre tão bom

De perto


Não quero estar neste lugar
e ver você partir
eu quero te esperar aonde você quer ir
te receber
te acomodar
te oferecer a mão
poder cantar, te acompanhar ao violão

quero te ver de perto
quero dizer que o nosso amor deu certo
quero te ver de perto
quero dizer que o nosso amor deu certo

não sei viver só e sem sonhar
sem fé, sem ter alguém
faz tempo que eu te espero
e que te quero bem
sonho em fazer pro nosso amor
uma bela canção
que me traga paz sem culpa
ao coração

quero te ver de perto
quero dizer que o nosso amor deu certo
quero te ver de perto
quero dizer que o nosso amor deu certo

Canção Pra Quando Você Voltar


Quando o sol de cada dia entrar
Chamando por você, querendo te acordar,
Vai ter sempre alguém pra receber,
Dizer pra esperar, voce ja vai chegar

Alguém pra olhar a casa
E alguém que regue o seu jardim até você voltar

E, como é normal acontecer,
Se num entardecer a dor te visitar,
Vai ter sempre alguém pra socorrer
Fazer o seu jantar, dormir no seu sofá.

Enquanto a noite passa por mim
Eu rego o seu jardim
Você já vai voltar.

Amor em vão


Céu azul
Os dois pés na água
Onde o mar acaba
No frio a tarde e a solidão
Duas mãos
Vão rasgando as cartas
Lavando as mágoas
Assim é o amor em vão
Cada canção de amor
Abre a ferida
Que nao vê fim
Cada fração da dor
Agora é chuva
Que cai em mim
Mas tudo vai passar
Como tudo passa
Céu azul

Ah, Maria


Eu queria falar com você
Te dizer o que eu sentia
Ah, Maria, Maria
Eu sei que você está em algum lugar
Nessas ilhas

Eu queria viver com você
Poder te ter todo dia
Ah, Maria, Maria
Agora você vê
Aquela estranha mesquita

O fim da tarde, a água escura do mar
Fica pra trás a sombra das ilhas
Ah, Maria, Maria
Não te machuca os pés
Andar descalça na rua

O cais do porto, as igrejas e o céu
A noite, os rios e as outras meninas
Ah, Maria, Maria
Será que você sorriu
Lembrando daqueles dias

A palavra certa


Atravesso a noite com um verso
Que não se resolve
Na outra mão as flores como se
Flores bastassem
Eu espero...
E espero...

Não funcionam luzes, telefones
Nada se resolve
Trens parados, carros enguiçados
Aviões no pátio esperam
E esperam

A chave que abre o céu

Da onde caem as palavras

A palavra certa
Que faça o mundo andar

Não funcionam luzes, telefones
Nada se resolve
Trens parados, carros enguiçados
Aviões no pátio esperam

E esperam

A chave que abre o céu
Da onde caem as palavras
A palavra certa
Que faça tudo andar

A mais

Não quero um dia a mais
Quero um dia de paz
Não quero o vendaval
Só o sono e o sonho dos mortais

Não leve a mal
Sou só mais um
Quero uma noite tranqüila
Um amanhecer comum

Ainda é possível respirar
As cores ainda trazem emoção
Um verso pra fazer uma canção
Às vezes tem a força da bomba nuclear

Outono também traz inspiração
Tantos invernos já inesquecíveis
Nas madrugadas mornas do verão
Na simplicidade eu vejo as coisas mais incríveis