quarta-feira, junho 29, 2005
Oxalá
Oxalá, me passe a dôr de cabeça, oxalá
Oxalá, o passo não me esmoreça;
Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá,
Oxalá, o povo nonca se esqueça;
Oxalá, eu não ande sem cuidado,
Oxalá eu não passe um mau bocado;
Oxalá, eu não faça tudo à pressa,
Oxalá, meu Futuro aconteça
Oxalá, que a vida me corra bem, oxalá
Oxalá, que a tua vida também;
Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá
Oxalá, o povo nunca se esqueça;
Oxalá, o tempo passe, hora a hora,
Oxalá, que ninguém se vá embora,
Oxalá, se aproxime o Carnaval,
Oxalá, tudo corra, menos mal
(Madredeus)
sexta-feira, junho 03, 2005
VERDE
Quem pergunta por mim já deve saber
Do riso no fim de tanto sofrer
Que eu não desisti das minhas bandeiras,
Caminhos, trincheiras da noite
Eu que sempre apostei na minha paixão
Guardei um país no meu coração
Um foco de luz seduz a razão
De repente a visão da esperança
Quis esse sonhador
Aprendiz de tanto suor
Ser feliz num gesto de amor
Meu país acendeu a cor
Verde as matas no olhar
Ver de perto ver de novo um lugar
Ver adiante, sede de navegar
Verdejantes tempos, mudança dos ventos
No meu coração
(Leila Pinheiro)
Pela ciclovia
Tarde cinza é não te ver
oceano, te olhar
sudoeste quer dizer
chuva de vento no mar
Onde anda o meu viver
quero vê-lo voltar
de mãos dadas com você
na beirinha do mar
Só ele sabe
a natureza espontânea e
saudável do seu gostar
me tirou pra dançar
com a própria vida
o que pode fazer esse conviver
Toma e opera milagres
sem mais, transforma
o deserto em oásis
por vezes até parece miragem
olhar você
tarde cinza é não te ver...
Só ele sabe
ah, não te ver na praia me desnorteia
essa orla tão clara toda essa areia
parece um saara a me castigar
Ah, essa mente aérea recria o mar
escorrendo em sua pele
a onda quebra, meu sonho se fere
e me faz voltar
Vai amanhecendo pela ciclovia
ver você correndo, a vida se irradia
o Leme, o Lido, a Barra, o sábado inteiro
o sol estende o seu tapete-luz
só pra você passar
Mítica manhã dos pescadores
salva-vidas, futevôlei
a bola pega alguém
lá no tai-chi-chuan
é como um balé à beira-mar
Olha a bandeira do quiosque
é um arco-íris
(Leila Pinheiro)
Nada por mim
Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse: vai!
eu não fui
Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu
Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir
Com quem andar e aonde ir
Mas não me pede pra voltar
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse: vai!
eu não fui
Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu
Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir
Com quem andar e aonde ir
Mas não me pede pra voltar
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