Só deixo meu coração na mão de quem pode
Fazer da minha alma suporte pra uma vida insinuante
Insinuante anti-tudo que não possa ser
Bossa Nova hardcore
Bossa Nova nota dez
Quero dizer
Eu tô pra tudo nesse mundo
Então só vou deixar meu coração
A alma do meu corpo
Na mão de quem pode
Na mão de quem pode e absorve todo céu, qualquer inferno
Inspiração de mutação da vagabunda intenção
De se jogar na dança absoluta
Da matança do que é tédio, conformismo, aceitação
Do “fico aqui, vou te levando nessa dança”
Submundo pode tudo do amor
Pode tudo do amor
Porque não quero teu ciúme que é o cúmulo
Ciúme é acúmulo de dúvida, incerteza de si mesmo
Projetado, assim jogado
Como lama anti-erótica na cara do desejo mais intenso de ficar com a pessoa
E eu não tô à toa
Eu sou muito boa
Eu sou muito boa pra vida
Eu sou a vida oferecida como dança
E não quero te dar gelo
Jealous guy
Vê se aprende, se desprende
Vem pra mim
Que sou esfinge do amor
Te sussurrando: decifra-me
Só deixo minha alma, só deixo o coração
Só deixo minha alma na mão de quem pode
Só deixo minha alma
Só deixo meu coração na mão de quem ama solto
Eu vou dizendo
Que só deixo minha alma, só deixo meu coração
Na mão de quem pode fazer dele erótico suporte
Pra tudo que é ótimo fator vital
(Katia B, Marcos Cunha, Plínio Profeta, Fausto Fawcett)
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Redescobrir
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
Como um animal que sabe da floresta, perigosa
Redescobrir o sal que está na própria pele, macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa, magia
Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Renascer da própria força, própria luz e fé,
memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós,
história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia
Não tenha medo, meu menino bobo, memória
Tudo principia na própria pessoa, beleza
Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor,
magia
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
[Gonzaguinha]
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
Como um animal que sabe da floresta, perigosa
Redescobrir o sal que está na própria pele, macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa, magia
Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Renascer da própria força, própria luz e fé,
memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós,
história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia
Não tenha medo, meu menino bobo, memória
Tudo principia na própria pessoa, beleza
Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor,
magia
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
[Gonzaguinha]
sábado, dezembro 22, 2007
BANGALÔ
Oxalá você venha morar no meu chalé
Relaxar e curtir o sossego com esse Zé
To que tô venha pro meu chatô minha galé
pra ralar e rolar com esse nego da ralé
Vou fazer café cafuné, fuzuê fuá
Roce a tez deste Oxóssi cansado de se coçar
Por você subo a Penha a’pé vestindo seu penhoir
Largue tudo e venha em meu bangalô morar
Para de caçoar
Oxalá você venha morar no meu chalé
Relaxar e gozar o sossego com esse Zé
tô que tô venha pro meu chato minha galé
Pra ralar e rolar com esse nego da ralé
Vou te dar petit four, chanson, croissant e chá
Canta pr’esse Xangô seu escravo no Caxangá
je suizonchantê pur ta bôtê voalá
Largue tudo e venha em meu bangalô morar
Para de caçoar
(Zeca Baleiro / Vander Lee)
Relaxar e curtir o sossego com esse Zé
To que tô venha pro meu chatô minha galé
pra ralar e rolar com esse nego da ralé
Vou fazer café cafuné, fuzuê fuá
Roce a tez deste Oxóssi cansado de se coçar
Por você subo a Penha a’pé vestindo seu penhoir
Largue tudo e venha em meu bangalô morar
Para de caçoar
Oxalá você venha morar no meu chalé
Relaxar e gozar o sossego com esse Zé
tô que tô venha pro meu chato minha galé
Pra ralar e rolar com esse nego da ralé
Vou te dar petit four, chanson, croissant e chá
Canta pr’esse Xangô seu escravo no Caxangá
je suizonchantê pur ta bôtê voalá
Largue tudo e venha em meu bangalô morar
Para de caçoar
(Zeca Baleiro / Vander Lee)
Pra ser levada em conta
Vem me ver
Vem juntar seu calor ao meu
Não te quero ter
Só nos finais de semana
Os meus dias
De feira também são seus
Vem viver
Corre pra nossa cabana
Faço de conta que sou levada
Pra ser levada em conta
É pra janela do seu olhar
Que o meu destino aponta
Vem
Põe o moleton
Prova meu baton
Minha companhia
Dobra a calça jeans
Rega meu jardim
Colore meu dia
[Vander Lee]
Vem juntar seu calor ao meu
Não te quero ter
Só nos finais de semana
Os meus dias
De feira também são seus
Vem viver
Corre pra nossa cabana
Faço de conta que sou levada
Pra ser levada em conta
É pra janela do seu olhar
Que o meu destino aponta
Vem
Põe o moleton
Prova meu baton
Minha companhia
Dobra a calça jeans
Rega meu jardim
Colore meu dia
[Vander Lee]
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Talvez atrapalha...
Não sei se é certo pra você
Mas por aqui já deu pra ver
Mesmo espalhados ao redor
Meus passos seguem um rumo só
E num hotel lá no Japão
Vi o amor vencer o tédio
Por isso a hora é de vibrar
Mais um romance tem remédio
Não deixe idéia de "não" ou "talvez"
Que "talvez" atrapalha
O amor é um descanso
Quando a gente quer ir lá
Não a perigo no mundo
Que te impeça de chegar
Caminhando sem receio
Vou brincar no seu jardim
De virada desço o queixo e rio amarelo
Agora é hora de vibrar mais um romance tem remédio
Vou viajar lá longe tem
O coração de mais alguém
Não deixe idéia de "não" ou "talvez"
Que "talvez" atrapalha
(Roberta Sá - Mais Alguem )
Mas por aqui já deu pra ver
Mesmo espalhados ao redor
Meus passos seguem um rumo só
E num hotel lá no Japão
Vi o amor vencer o tédio
Por isso a hora é de vibrar
Mais um romance tem remédio
Não deixe idéia de "não" ou "talvez"
Que "talvez" atrapalha
O amor é um descanso
Quando a gente quer ir lá
Não a perigo no mundo
Que te impeça de chegar
Caminhando sem receio
Vou brincar no seu jardim
De virada desço o queixo e rio amarelo
Agora é hora de vibrar mais um romance tem remédio
Vou viajar lá longe tem
O coração de mais alguém
Não deixe idéia de "não" ou "talvez"
Que "talvez" atrapalha
(Roberta Sá - Mais Alguem )
quarta-feira, dezembro 12, 2007
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Pele
Pele cobre tudo
Pele de veludo
Pele é a roupa natural
(E a mais legal)
A pele nela revela quem você é
Da ponta da cabeça
Até a pele da ponta do pé
Pele de bebê
Pede pra beijar você
Cada pele tem na pele uma história
Pele de anjinho
Pede pra fazer carinho
Pele tem de toda cor
Tem memória
É assim coisa de pele
Pele...
Amor a flor da pele
Pele não se repara
Pele não se repela
[Jair Oliveira]
Pele de veludo
Pele é a roupa natural
(E a mais legal)
A pele nela revela quem você é
Da ponta da cabeça
Até a pele da ponta do pé
Pele de bebê
Pede pra beijar você
Cada pele tem na pele uma história
Pele de anjinho
Pede pra fazer carinho
Pele tem de toda cor
Tem memória
É assim coisa de pele
Pele...
Amor a flor da pele
Pele não se repara
Pele não se repela
[Jair Oliveira]
sábado, dezembro 01, 2007
sexta-feira, novembro 30, 2007
Qualquer bobagem
Chegue perto de mim
Não precisa falar
Acenda o meu cigarro
Não queira me agradar
Queira
Queira
Não decida nem pense
Não negue nem se ofereça
Não queira se guardar
Não queira se mostrar
Queira
Queira
Escute essa canção
Ou qualquer bobagem
Ouça o coração, amor
Escute essa canção
Ou qualquer bobagem
Ouça o coração
Que mais, sei lá
Tom Zé & Mutantes
Não precisa falar
Acenda o meu cigarro
Não queira me agradar
Queira
Queira
Não decida nem pense
Não negue nem se ofereça
Não queira se guardar
Não queira se mostrar
Queira
Queira
Escute essa canção
Ou qualquer bobagem
Ouça o coração, amor
Escute essa canção
Ou qualquer bobagem
Ouça o coração
Que mais, sei lá
Tom Zé & Mutantes
terça-feira, novembro 27, 2007
Princesa bacana
Princesa bacana,
sexo, marihuana y milongón.
Yo cuelgo de tu ombligo
así que no juegues conmigo, tus juegos de salón..
Mueve tu primero
que yo aquí te espero,
anticipando el tacto de cada labio de tu beso..
Princesa haragana,
¡ que fin de semana !
Princesa dormida
yo bajo a por algo de comer.
Regreso, y princesa
ya ha puesto la mesa; la cama es el mantel..
Prueba tu primero
que yo aquí prefiero
mirarte sonreir frente a ese plato de cerezas..
Brindemos, princesa,
por esta (brutal) pereza..
Es lunes de mañana;
cualquiera se separa
de una princesa bacana...
{Jorge Drexler}
sexo, marihuana y milongón.
Yo cuelgo de tu ombligo
así que no juegues conmigo, tus juegos de salón..
Mueve tu primero
que yo aquí te espero,
anticipando el tacto de cada labio de tu beso..
Princesa haragana,
¡ que fin de semana !
Princesa dormida
yo bajo a por algo de comer.
Regreso, y princesa
ya ha puesto la mesa; la cama es el mantel..
Prueba tu primero
que yo aquí prefiero
mirarte sonreir frente a ese plato de cerezas..
Brindemos, princesa,
por esta (brutal) pereza..
Es lunes de mañana;
cualquiera se separa
de una princesa bacana...
{Jorge Drexler}
segunda-feira, novembro 26, 2007
Mana
Mána sta nóba bunita
Manxi ta sunha kordádu
Fla ma pobréza ka pa el
Ma trabádju kré sta-l mutu kansádu.
Ntom, e fasi um bistidu nóbu
E sai di si kutélu
Bá Práia Sánta-Mariâ
Bá ránja um kasaméntu.
Mána bá sidádi grándi
Fla amem na sakraméntu
Se mai nem ka sabi d-el,
Pai dja duenti só disgostu.
Mána ka kré kel k’é di sel
É só ta djobi pa ládu,
Kel ki Nhordés da-l é poku pa el
E fla m-e sta mutu mal kalsádu.
Mána bá sidádi grándi
Tiru saí-l pa kulátra...
[Mayra Andrade]
sábado, novembro 17, 2007
Minha neguinha
ó minha linda, minha neguinha
O meu café ficou tão sozinho
Os meninos que passam
Eu olho sem ter pra quem mostrar
ó minha linda, minha neguinha
Histórias que eu conto no vento
Eu me sento aqui pra ladainha
Eu me sento aqui avoadinha
Eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso as histórias da Dona Sinhá¡
Mas me falta tu mesmo
E teu jeito de me contar
E eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso da Dona Sinhá¡
Histórias que tu me traz
E as flores começam a girar
O sol se põe na pracinha
E eu me sentei cantando sozinha
O sol se põe lá na pracinha
E eu me sentei sonhando, pretinha
O sol se põe lá na pracinha
E eu me sentei cantando sozinha
Eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso as histórias da Dona Sinhá
Mas me falta tu mesmo
E teu jeito de me contar
Eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso da Dona Sinhá
Histórias que tu me traz
E as flores começam a girar
[Cibelle]
O meu café ficou tão sozinho
Os meninos que passam
Eu olho sem ter pra quem mostrar
ó minha linda, minha neguinha
Histórias que eu conto no vento
Eu me sento aqui pra ladainha
Eu me sento aqui avoadinha
Eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso as histórias da Dona Sinhá¡
Mas me falta tu mesmo
E teu jeito de me contar
E eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso da Dona Sinhá¡
Histórias que tu me traz
E as flores começam a girar
O sol se põe na pracinha
E eu me sentei cantando sozinha
O sol se põe lá na pracinha
E eu me sentei sonhando, pretinha
O sol se põe lá na pracinha
E eu me sentei cantando sozinha
Eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso as histórias da Dona Sinhá
Mas me falta tu mesmo
E teu jeito de me contar
Eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso da Dona Sinhá
Histórias que tu me traz
E as flores começam a girar
[Cibelle]
terça-feira, novembro 13, 2007
Jornal
Um jornal é tão bonito
Um jornal é tão bonito
Tudo escrito, tudo dito
Tudo num fotolito
É tão bonito um jornal
Vigilantes do momento
Senhores do bom jargão
Façam já soprar o vento
Seja em qualquer direção
Que o jornal é a matéria
E o espírito do mundo
Coisa fútil, coisa séria
Todo escrever vagabundo
Um jornal é tão diverso
Um jornal é tão diverso
Tudo impresso, tudo expresso
Tudo pelo sucesso
É tão diverso um jornal
Não importa a má notícia
Mas vale a boa versão
Na nota um toque de astúcia
E faça-se a opinião
De outra feita, quando seja
Desejo editorial
Faça-se sujo o que é limpo
Troque-se o bem pelo mal
Um jornal é tanta gente
Um jornal é tanta gente
Tudo frio, tudo quente
Tudo preso à corrente
É tanta gente um jornal
Um que dita, um que escreve
Um que confessa, um que mente
Um que manda, um que obedece
Um que calcula, um que sente
Um que recebe propina
Um que continua honesto
Um puxa-saco dos fortes
Um que mantém seu protesto
Um que trafica influência
Um que tem opinião
Um jornalista de fato
Um rato de redação
Um jornal é igual ao mundo
Um jornal é igual ao mundo
Tudo certo, tudo incerto
Tudo tão longe e perto
É igual ao mundo um jornal
{Gilberto Gil}
Um jornal é tão bonito
Tudo escrito, tudo dito
Tudo num fotolito
É tão bonito um jornal
Vigilantes do momento
Senhores do bom jargão
Façam já soprar o vento
Seja em qualquer direção
Que o jornal é a matéria
E o espírito do mundo
Coisa fútil, coisa séria
Todo escrever vagabundo
Um jornal é tão diverso
Um jornal é tão diverso
Tudo impresso, tudo expresso
Tudo pelo sucesso
É tão diverso um jornal
Não importa a má notícia
Mas vale a boa versão
Na nota um toque de astúcia
E faça-se a opinião
De outra feita, quando seja
Desejo editorial
Faça-se sujo o que é limpo
Troque-se o bem pelo mal
Um jornal é tanta gente
Um jornal é tanta gente
Tudo frio, tudo quente
Tudo preso à corrente
É tanta gente um jornal
Um que dita, um que escreve
Um que confessa, um que mente
Um que manda, um que obedece
Um que calcula, um que sente
Um que recebe propina
Um que continua honesto
Um puxa-saco dos fortes
Um que mantém seu protesto
Um que trafica influência
Um que tem opinião
Um jornalista de fato
Um rato de redação
Um jornal é igual ao mundo
Um jornal é igual ao mundo
Tudo certo, tudo incerto
Tudo tão longe e perto
É igual ao mundo um jornal
{Gilberto Gil}
segunda-feira, novembro 05, 2007
Mais simples
é sobre-humano amar
'cê sabe muito bem
é sobre-humano amar, sentir,
doer, gozar,
ser feliz
vê que sou eu quem te diz
não fique triste assim
é soberano e está em ti querer até
muito mais
a vida leva e trás,
a vida faz e refaz
será que quer achar
sua expressão mais simples?
mas deixa tudo e me chama
eu gosto de te ter
como se já não fosse a coisa mais humana
esquecer
é sobre-humano viver
e como não seria
sinto que fiz essa canção em parceria
com você
a vida leva e traz
a vida faz e refaz
será que quer achar
sua expressão mais simples?
(José Miguel Wisnik)
'cê sabe muito bem
é sobre-humano amar, sentir,
doer, gozar,
ser feliz
vê que sou eu quem te diz
não fique triste assim
é soberano e está em ti querer até
muito mais
a vida leva e trás,
a vida faz e refaz
será que quer achar
sua expressão mais simples?
mas deixa tudo e me chama
eu gosto de te ter
como se já não fosse a coisa mais humana
esquecer
é sobre-humano viver
e como não seria
sinto que fiz essa canção em parceria
com você
a vida leva e traz
a vida faz e refaz
será que quer achar
sua expressão mais simples?
(José Miguel Wisnik)
sexta-feira, novembro 02, 2007
Coisas que eu sei
Eu quero ficar perto de tudo o que eu acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio-relógio mostra o tempo errado... aperte o ?Play?
Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista, não aceito turistas
Meu mundo tá fechado pra visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa... é a minha lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais... depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu nem me lembro do que desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar... eu já comprei
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quando mais eu deixo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando eu to a fim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes somente eu não sabia...
Agora eu sei
[Danni Carlos]
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio-relógio mostra o tempo errado... aperte o ?Play?
Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista, não aceito turistas
Meu mundo tá fechado pra visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa... é a minha lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais... depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu nem me lembro do que desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar... eu já comprei
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quando mais eu deixo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando eu to a fim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes somente eu não sabia...
Agora eu sei
[Danni Carlos]
quinta-feira, novembro 01, 2007
A lua
A Lua
Quando ela roda
É Nova!
Crescente ou Meia
A Lua!
É Cheia!
E quando ela roda
Minguante e Meia
Depois é Lua novamente
Diiiizz!...
Quando ela roda
É Nova!
Crescente ou Meia
A Lua!
É Cheia!
E quando ela roda
Minguante e Meia
Depois é Lua-Nova...
Mente quem diz
Que a Lua é velha...
Mente quem diz!
A Lua!
Quando ela roda
É Nova!
Crescente ou Meia
A Lua!
É Cheia!
E quando ela roda
Minguante e Meia
Depois é Lua novamente...
Quando ela roda
É Nova!
Crescente ou Meia
A Lua
É Cheia!
E quando ela roda
Minguante e Meia
Depois é Lua-Nova...
Mente quem diz
Que a Lua é velha...
Mente quem diz!
A Lua!
Quando ela roda
É Nova!
Crescente ou Meia
A Lua!
É Cheia!
E quando ela roda
Minguante e Meia
Depois é Lua-Nova...
Mente quem diz
Que a Lua é velha...
Mente quem diz!
Composição: Renato Rocha
Arrastando maravilhas
Eu não tenho muito, quase nada
Só a sombra do meu corpo sobre a estrada
Misturada a galhos secos
Eu só tenho becos e perguntas
Minha alma e minha culpa dormem juntas
Eu não tenho frio nos meus versos
Mas também não sei dos outros universos
Que carrego paralelos
Eu não tenho elos, nem correntes
Meus fantasmas sempre foram diferentes
Eu não tenho ilhas no tesouro
Nem lugar em casa para desaforo
Nem espaço pra lamento
Eu não tenho vento que me pegue
Nem diabo que me agüente ou me carregue
Eu tenho convites e te chamo
Minha natureza está no que eu te amo
Mesmo nesse mundo louco
Eu só tenho pouco tempo agora
Posso esperar, mas não demora
No silêncio do vazio
Arrastando maravilhas
Nem vertigem, nem limites
Daqui a pouco é outro dia.
[Marcela Biasi]
segunda-feira, outubro 22, 2007
Sorrisinho
Por que você se zangou
E mandou embora daqui?
Cadê o seu senso de humor?
Se você preferir
Tudo bem, eu vou!
Pensar em não me ouvir
Em não falar, nem mesmo sorrir
Não vá radicalizar
Se você decidir
Vem me chamar
Pode ser até meio atrevimento
Chegar e te beijar
Tive que arriscar
Eu só não sei dizer
Se você reclamou
Do beijo que eu dei
Ou do tempo que você esperou
Que cara é essa?
Você me provocou
Com esse sorrisinho
Aí de meu amor
De mais e mais
Se você for me chamar
Só podia ser
Pra gente se Beijar.
(Max Viana)
E mandou embora daqui?
Cadê o seu senso de humor?
Se você preferir
Tudo bem, eu vou!
Pensar em não me ouvir
Em não falar, nem mesmo sorrir
Não vá radicalizar
Se você decidir
Vem me chamar
Pode ser até meio atrevimento
Chegar e te beijar
Tive que arriscar
Eu só não sei dizer
Se você reclamou
Do beijo que eu dei
Ou do tempo que você esperou
Que cara é essa?
Você me provocou
Com esse sorrisinho
Aí de meu amor
De mais e mais
Se você for me chamar
Só podia ser
Pra gente se Beijar.
(Max Viana)
À noite sonhei contigo
À noite sonhei contigo
E não tava dormindo
Justo ao contrário
Estava bem desperto
Sonhei que não fazia
O menor esforço
Para que te entregasses
Em ti já estava imerso
Que lindo que é sonhar
Sonhar não custa nada
Sonhar e nada mais
De olhos bem abertos
Que lindo que é sonhar
E não te custa nada mais que tempo
Sofrer com tanta angústia
Por coisas tão pequenas
Gastar essa energia
Assim não vale a pena
Quem me dera me livrar
Pra sempre de mim mesmo
E só me reencontrar
Lá no teu doce abismo
(versão: Paula Toller)
E não tava dormindo
Justo ao contrário
Estava bem desperto
Sonhei que não fazia
O menor esforço
Para que te entregasses
Em ti já estava imerso
Que lindo que é sonhar
Sonhar não custa nada
Sonhar e nada mais
De olhos bem abertos
Que lindo que é sonhar
E não te custa nada mais que tempo
Sofrer com tanta angústia
Por coisas tão pequenas
Gastar essa energia
Assim não vale a pena
Quem me dera me livrar
Pra sempre de mim mesmo
E só me reencontrar
Lá no teu doce abismo
(versão: Paula Toller)
quinta-feira, agosto 30, 2007
Farol da Barra
Quando o sol se põe
Vem o farol
Iluminar as águas da Bahia
No Farol da Barra, o encontro é pouco
A conversa é curta, tudo é tão rápido como
se furta
Como a luz bate nas águas
Como tudo que se passa
Com tanto cabeludo, com tanto pôr-do-sol
Bem cabia uma profecia: até o ano 2000,
O Farol além do pôr-do-sol
será o pôr-do-som
Onde verás uma realejo, onde verás um violão
(Novos Baianos)
segunda-feira, agosto 27, 2007
um canto de afoxé para o bloco do Ilê
I...lê aiê
Como você é bonito de se ver
I.....lê aiê
Que beleza mais bonita de se ter
I.........lê aiê
Sua beleza se transforma em você
I.........lê aiê
Que maneira mais feliz de viver
I...lê aiê
Como você é bonito de se ver
I.....lê aiê
Que beleza mais bonita de se ter
I.........lê aiê
Sua beleza se transforma em você
I.........lê aiê
Que maneira mais feliz de viver
[Caetano Veloso]
Como você é bonito de se ver
I.....lê aiê
Que beleza mais bonita de se ter
I.........lê aiê
Sua beleza se transforma em você
I.........lê aiê
Que maneira mais feliz de viver
I...lê aiê
Como você é bonito de se ver
I.....lê aiê
Que beleza mais bonita de se ter
I.........lê aiê
Sua beleza se transforma em você
I.........lê aiê
Que maneira mais feliz de viver
[Caetano Veloso]
sábado, agosto 25, 2007
Luz do Sol
Desta vez você chegou, arrebatou
Alegria e calma do meu lar
Desta vez você chegou, arrebatou
Alegria e calma do meu lar
Quando estiver assim não me apareça
Saia, desapareça
Não me chegue assim, desapareça
Saia, desapareça
Quando estiver assim não me apareça
Saia, desapareça, hey
Saia, desapareça, hey
Saia, desapareça da minha vista
Apareça como a luz do sol
Batendo na porta do meu lar
Apareça como a luz do sol
Batendo na porta do meu lar
Quero ver de novo a luz do sol, eh eh eh
Quero ver de novo a luz do sol, eh eh eh
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
Que me brilha, acende, aquece e me queima
Batendo na porta do meu lar, ahn!
Eu sou o Sol
Ela é a Lua
Quando eu chego em casa
Ela já foi pra rua
Ah, eu sou o Sol
Ela é a Lua
Quando eu chego em casa
Ela já foi pra rua
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
{Carlos Pinto – Waly Salomão}
Alegria e calma do meu lar
Desta vez você chegou, arrebatou
Alegria e calma do meu lar
Quando estiver assim não me apareça
Saia, desapareça
Não me chegue assim, desapareça
Saia, desapareça
Quando estiver assim não me apareça
Saia, desapareça, hey
Saia, desapareça, hey
Saia, desapareça da minha vista
Apareça como a luz do sol
Batendo na porta do meu lar
Apareça como a luz do sol
Batendo na porta do meu lar
Quero ver de novo a luz do sol, eh eh eh
Quero ver de novo a luz do sol, eh eh eh
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
Que me brilha, acende, aquece e me queima
Batendo na porta do meu lar, ahn!
Eu sou o Sol
Ela é a Lua
Quando eu chego em casa
Ela já foi pra rua
Ah, eu sou o Sol
Ela é a Lua
Quando eu chego em casa
Ela já foi pra rua
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
Quero ver de novo a luz do sol
{Carlos Pinto – Waly Salomão}
sexta-feira, agosto 24, 2007
O segundo sol
Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com a sombra exemplar
O que os astronomos diriam se tratar
De um outro cometa
Nao digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, voce disse e eu não pude acreditar
Mas voce pode ter certeza de que
O seu telefone ira tocar
Em sua nova casa que abriga agora a trilha
Incluida nessa minha confissão
Eu so queria te contar
Que eu fui la
fora e vi dois sois num dia
E a vida que ardia sem explicação
Explicação
Nao tem explicação
Explicacao, não
Nao tem explicação
Explicacao
Nao tem, nao tem explicação
Explicação
Nao tem explica....ção
Nao tem, não tem
[Nando Reis]
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com a sombra exemplar
O que os astronomos diriam se tratar
De um outro cometa
Nao digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, voce disse e eu não pude acreditar
Mas voce pode ter certeza de que
O seu telefone ira tocar
Em sua nova casa que abriga agora a trilha
Incluida nessa minha confissão
Eu so queria te contar
Que eu fui la
fora e vi dois sois num dia
E a vida que ardia sem explicação
Explicação
Nao tem explicação
Explicacao, não
Nao tem explicação
Explicacao
Nao tem, nao tem explicação
Explicação
Nao tem explica....ção
Nao tem, não tem
[Nando Reis]
quarta-feira, agosto 22, 2007
Quando ela dorme em minha casa
Quando ela dorme em minha casa
O mundo acorda cantando
Quando ela dorme em minha casa
O mundo acorda cantando
Sonhos de lata e de rosas
Gritam no silêncio branco do muro
Com o futuro em suas asas
Ela se vai
Ela se foi
E esses versos são lamentos
Que eu deixo nas calçadas
Canções que inventam pedras sobre a fome
Aí escreverei teu nome
No azul do firmamento
Onde a dalva apareceu
Quando ela dorme em minha casa
O mundo acorda cantando
Quando ela dorme em minha casa
O mundo acorda cantando
Sonhos de lata e de rosas
Gritam no silêncio branco do muro
Com o futuro em suas asas
Ela se vai
Ela se foi
E esses versos são lamentos
Que eu deixo nas calçadas
Canções que atiram pedras sobre a fome
Aí escreverei teu nome
No azul do firmamento
Onde a dalva apareceu
(Zeca Baleiro)
segunda-feira, agosto 20, 2007
Fruta Gogóia
Eu sou uma Fruta Gogóia
Eu sou uma moça
Eu sou Calunga de Louça
Eu sou uma jóia
Eu sou a chuva que móia
Que refresca bem
Eu sou o balanço do trem
Carreira de Tróia
Eu sou a Tirana Bóia
Eu sou o mar
Samba que eu ensaiar
Mestre não óia
(Folclore - cantado por Gal Costa)
domingo, agosto 12, 2007
Futuros amantes
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
[Chico, o Buarque]
sexta-feira, agosto 10, 2007
A pedra mais alta
Me resolvi por subir na pedra mais alta
Pra te enxergar sorrindo da pedra mais alta
Contemplar teu ar, teu movimento, teu canto
Olhos feito pérola, cabelo feito manto
Sereia bonita sentada na pedra mais alta
To pensando em me jogar de cima da pedra mais alta
Vou mergulhar, talvez bater cabeça no fundo
Vou dar braçadas remar todos mares do mundo
O medo fica maior de cima da pedra mais alta
Sou tão pequenininho de cima da pedra mais alta
Me pareço conchinha ou será que conchinha acha que sou eu?
Tudo fica confuso de cima da pedra mais alta
Quero deitar na tua escama
Teu colo confessionário
De cima da pedra não se fala em horário
Bem sei da tua dificuldade na terra
Farei o possível pra morar contigo na pedra
Sereia bonita descansa teus braços em mim
Não quero tua poesia teu tesouro escondido
Deixa a onda levar todo esboço de idéia de fim
Defina comigo o traçado do nosso sentido
Quero teu sonho visível da pedra mais alta
Quero gotas pequenas molhando a pedra mais alta
Quero a música rara o som doce choroso da flauta
Quero você inteira e minha metade de volta
[O Teatro Mágico]
Pra te enxergar sorrindo da pedra mais alta
Contemplar teu ar, teu movimento, teu canto
Olhos feito pérola, cabelo feito manto
Sereia bonita sentada na pedra mais alta
To pensando em me jogar de cima da pedra mais alta
Vou mergulhar, talvez bater cabeça no fundo
Vou dar braçadas remar todos mares do mundo
O medo fica maior de cima da pedra mais alta
Sou tão pequenininho de cima da pedra mais alta
Me pareço conchinha ou será que conchinha acha que sou eu?
Tudo fica confuso de cima da pedra mais alta
Quero deitar na tua escama
Teu colo confessionário
De cima da pedra não se fala em horário
Bem sei da tua dificuldade na terra
Farei o possível pra morar contigo na pedra
Sereia bonita descansa teus braços em mim
Não quero tua poesia teu tesouro escondido
Deixa a onda levar todo esboço de idéia de fim
Defina comigo o traçado do nosso sentido
Quero teu sonho visível da pedra mais alta
Quero gotas pequenas molhando a pedra mais alta
Quero a música rara o som doce choroso da flauta
Quero você inteira e minha metade de volta
[O Teatro Mágico]
sexta-feira, agosto 03, 2007
sábado, julho 28, 2007
Coisa linda
Tua presença me faz
Me sentir bem demais
Que coisa linda
Tua boca me dá
Vontade de te beijar
Ficar contigo
Você tem de saber
Você nasceu pra viver
Comigo
(Vinícius Cantuária)
Me sentir bem demais
Que coisa linda
Tua boca me dá
Vontade de te beijar
Ficar contigo
Você tem de saber
Você nasceu pra viver
Comigo
(Vinícius Cantuária)
terça-feira, julho 24, 2007
Dueto
Consta nos astros, nos signos, nos búzios
Eu li num anúncio, eu vi no espelho, tá lá no evangelho, garantem os orixás
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta nos autos, nas bulas, nos dogmas
Eu fiz uma tese, eu li num tratado, está computado nos dados oficiais
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta na pauta, no Karma, na carne, passou na novela
Está no seguro, pixaram no muro, mandei fazer um cartaz
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás amor a minha paz
Consta nos mapas, nos lábios, nos lápis
Consta nos Ovnis, no Pravda, na vodca
{Chico Buarque}
sábado, julho 14, 2007
Fazenda
Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer era tão normal
Que o tempo parava
E a meninada respirava o vento
Até vir a noite
E os velhos falavam
Coisas dessa vida
Eu era criança
Hoje é você
E no amanhã, nós
Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer era tão normal
Que o tempo parava
Tinha sabiá, tinha laranjeira
Tinha manga-rosa
Tinha o sol da manhã
E na despedida
Tios na varanda
Jipe na estrada
E o coração lá
(Nelson Angelo)
domingo, julho 08, 2007
Valsa para uma menininha
Menininha do meu coração
Eu só quero você a três palmos do chão.
Menininha não cresça mais não,
Fique pequenininha na minha canção.
Senhorinha levada, batendo palminha,
Fingindo assustada do bicho-papão.
Menininha, que graça é você,
Uma coisinha assim, começando a viver.
Fique assim, meu amor, sem crescer,
Porque o mundo é ruim, é ruim, e você
Vai sofrer de repente uma desilusão
Porque a vida somente é seu bicho-papão.
Fique assim, fique assim, sempre assim
E se lembre de mim pelas coisas que eu dei.
E também não se esqueça de mim
Quando você souber, enfim,
De tudo que eu amei.
[Toquinho/Vinicius]
Se Puder Sem Medo
Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava
[Oswaldo Montenegro]
domingo, julho 01, 2007
Onde você se esconde
Onde você se esconde
Aonde te encontrar
Em um lugar bem longe
Em minha cabeça
Onde você se esconde
Que nome você tem
Se você mora em Londres
Se você tem alguém
Meu amor me dê um sinal
Dê um toque paranormal
Quero toda sua alegria
Dias, dias, dias e dias
Será que é um sonho
Será que é real
E vai marcar prá sempre
A minha vida
Será que é do bem
Será que é cruel
Um anjo descuidado
Que vai cair do céu
Meu amor me dê um sinal
Dê um toque paranormal
Quero toda sua alegria
Dias, dias, dias e dias
Eu quero encontrar você
Pra gente namorar
A vida inteira
Eu quero namorar você
Pra gente se encontrar
A vida inteira
(Netinho)
segunda-feira, junho 25, 2007
História de amor
Fale mais de voce
Seus discos
Seus livros
Do tempo de criança
Do elo perdido
E do primeiro amor
O que aconteceu
Que te deixou assim
Com tanto medo
Do mais novo amor
Ta tudo bem
Senta aqui
Do meu lado
Prometo não avançar o sinal
Vermelho
Dos seus olhos
E quando você pedir pra parar
Ah baby, eu paro
É Uma historia de amor
É uma historia de amor
O que proponho pra você menina
É um final feliz
O que eu proponho pra você menina
É um final feliz
(Léo Maia)
sexta-feira, junho 22, 2007
ahiê
Ahiê
é o lugar onde eu vou viver
Ahiê
mas também pode ser, meu bem
como eu quero chamar você
Ahiê
e o que mais pode ser
foi meu coração quem quis
e é o meu coração quem diz
Ahiê
é o que você quiser dizer
Ahiê
que bonita é você.
[João Donato - 1977]
é o lugar onde eu vou viver
Ahiê
mas também pode ser, meu bem
como eu quero chamar você
Ahiê
e o que mais pode ser
foi meu coração quem quis
e é o meu coração quem diz
Ahiê
é o que você quiser dizer
Ahiê
que bonita é você.
[João Donato - 1977]
segunda-feira, junho 18, 2007
Intacto
Não faço pra te aborrecer
Nem eu me entendo direito
Meu jeito não dá pra prever
Às vezes dá defeito
Não tô triste nem tô "deprê"
Apenas estou sossegado
Não há o que esclarecer
Não há nada errado
Às vezes o silêncio tapa os buracos
E o amor prossegue intacto
Já sei o que vai me dizer
"Você é muito enigmático"
Tem toda razão, pode crer
Não sou nada prático
Mas deite aqui perto de mim
Vamos acalmar num abraço
Gostar geralmente é assim
Nunca é sempre fácil
Às vezes o silêncio tapa os buracos
E o amor prossegue intacto
(Jair Oliveira)
quarta-feira, junho 13, 2007
Irene
Eu quero ir, minha gente, eu não sou daqui
Eu não tenho nada, quero ver Irene rir
Quero ver Irene dar sua risada
Irene ri, Irene ri, Irene
Irene ri, Irene ri, Irene
Quero ver Irene dar sua risada
(Caetano Veloso)
Eu não tenho nada, quero ver Irene rir
Quero ver Irene dar sua risada
Irene ri, Irene ri, Irene
Irene ri, Irene ri, Irene
Quero ver Irene dar sua risada
(Caetano Veloso)
quarta-feira, abril 25, 2007
Lugares proibidos
Eu gosto do claro, quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro, no escuro com você na cama
Eu gosto do não, se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora, sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem data
Chega mais cedo amor
Eu finjo que não esperava
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já
(Helena Elis)
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Espatódea
Minha cor
Minha flor
Minha cara
Quarta estrela
Letras, três
Uma estrada
Não sei se o mundo é bão
Mas ele ficou melhor
Quando você chegou
e perguntou:
Tem lugar pra mim?
Espatódea
Gineceu
Cor de pólen
Sol do dia
Nuvem branca
Sem sardas
Não sei quanto o mundo é bão
Mas ele está melhor
Desde que você chegou
E explicou
O mundo pra mim
Não sei se esse mundo está são
Mas pro mundo que eu vim já não era
Meu mundo não teria razão
Se não fosse a Zoe
(Nando Reis)
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