Eu preciso mandar notícia
pro coração de meu amor me cozinhar
pro coração de meu amor me refazer
me sonhar
me ninar
me comer
me cozinhar como um peru bem gordo
me cozinhar como um anum-tesoura
um bezerro santo
uma nota triste.
Me cozinhar como um canário morto
me cozinhar como um garrote arrepiado
um pato den´d´água
um saqué polaca.
Eu escrevo minha carta num papel decente
quem se sente
quem se sente com saudade não economiza
nem à guisa
nem dor nem sentimento que dirá papel
o anel
o anel do pensamento vale um tesouro
é besouro
é besouro renitente cuja serventia
já batia
já batia na gaiola e no envelope
e no golpe
e no golpe da distância andei 200 léguas
minha égua
minha égua esquipava, o peito me doía
quando ia
quando ia na lembrança vinha na saudade.
(Tom Zé)
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Grão de Amor
Me deixe sim
Mas só se for
Pra ir ali
E pra voltar
Me deixe sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar
Agora as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar
Me esqueça sim
Pra não sofrer
Pra não chorar
Pra não sentir
Me esqueça sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir
A cama agora está tão fria
Ainda sinto seu calor
Me esqueça sim
Mas nunca esqueça o meu amor
É só você que vem
No meu cantar meu bem
É só pensar que vem
Lá ra ra rá
Me cobre mil telefonemas
Depois me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração
(Carlinhos Brown / Marisa Monte)
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quarta-feira, dezembro 15, 2004
Onde Deus possa me ouvir
Sabe o que eu queria agora, meu bem...
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo, um ombro
Onde eu desaguasse todo desegano
Mas, a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender por que se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber
Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.
Adeus...
(Vander Lee)
Caravana
Corra não pare, não pense demais
Repare essas velas no cais
Que a vida cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol
Degelou teus olhos tão sós
Num mar de água clara
(G. Azevedo)
Repare essas velas no cais
Que a vida cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol
Degelou teus olhos tão sós
Num mar de água clara
(G. Azevedo)
Dia Branco
Se você vier
Pro que der e vier comigo
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto esse canto de amor
Se você quiser e vier
Por que der e vier comigo
(Geraldo Azevedo)
Feito Nós
Feito um anjo decadente
Meio santo, meio gente, à meia luz
Feito virgem inocente
Meio Deus, meio demônico, feito nós
Feito bicho em longo cio
Meio bom, meio ruim, quase normal
Feito a vida, enlouquecida
Meio morte, meio gozo
E carnaval
Séculos de lutas e de luto
Máscaras de dor e de arrôgancia
Décadas de nomes e de fome
Pátrias dissolvidas pelo poder
Lâmina que corta a carne fraca
Código de ética da raça
Máquina que mata sem remorso
Mácula na branca luz da manhã
Feito um mártir meio ingênuo
Meio burro, meio gênio nada mais
Feito louco, feiticeiro
Meio Cristo, meio Exu e Satanás
Mágicos e faunos na floresta
Lógica da física concreta
Cântico eternos como o vento
Tempo de escutar a terra falar
Lágrimas de todas as crianças
Dádiva de amor e de esperança
Pálido o futuro nos abraça
Bêbado dos homens e seu licor...
(Milton Nascimento)
Meio santo, meio gente, à meia luz
Feito virgem inocente
Meio Deus, meio demônico, feito nós
Feito bicho em longo cio
Meio bom, meio ruim, quase normal
Feito a vida, enlouquecida
Meio morte, meio gozo
E carnaval
Séculos de lutas e de luto
Máscaras de dor e de arrôgancia
Décadas de nomes e de fome
Pátrias dissolvidas pelo poder
Lâmina que corta a carne fraca
Código de ética da raça
Máquina que mata sem remorso
Mácula na branca luz da manhã
Feito um mártir meio ingênuo
Meio burro, meio gênio nada mais
Feito louco, feiticeiro
Meio Cristo, meio Exu e Satanás
Mágicos e faunos na floresta
Lógica da física concreta
Cântico eternos como o vento
Tempo de escutar a terra falar
Lágrimas de todas as crianças
Dádiva de amor e de esperança
Pálido o futuro nos abraça
Bêbado dos homens e seu licor...
(Milton Nascimento)
A nossa casa
Na nossa casa amor-perfeito é mato
E o teto estrelado também tem luar
A nossa casa até parece um ninho
Vem um passarinho pra nos acordar
Na nossa casa passa um rio no meio
E o nosso leito pode ser o mar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é de carne e osso
Não precisa esforço para namorar
A nossa casa não é sua nem minha
Não tem campainha pra nos visitar
A nossa casa tem varanda dentro
Tem um pé de vento para respirar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
(Arnaldo Antunes)
E o teto estrelado também tem luar
A nossa casa até parece um ninho
Vem um passarinho pra nos acordar
Na nossa casa passa um rio no meio
E o nosso leito pode ser o mar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é de carne e osso
Não precisa esforço para namorar
A nossa casa não é sua nem minha
Não tem campainha pra nos visitar
A nossa casa tem varanda dentro
Tem um pé de vento para respirar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
(Arnaldo Antunes)
Debaixo d'água
Debaixo D'água tudo era mais bonito, mais azul, mais colorido
só faltava respirar, mas tinha que respirar.
Debaixo D'água se formando como um feto, sereno, confortável,
amável, completo, sem chão, sem teto, sem contato com o ar,
mas tinha que respirar, todo diaC
Todo dia, todo dia, todo dia (2x)
Debaixo D'água por enquanto, sem sorriso, sem pranto, sem lamento,
sem saber o quanto esse momento poderia durar, mas tinha que respirar.
Debaixo D'água ficaria para sempre ficaria contente longe de toda
gente para sempre no fundo do mar, mas tinha que respirar, todo dia.
Debaixo D'água protegido, salvo, fora de perigo, aliviado, sem perdão
e sem pecado, sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar,
mas tinha que respirar, Debaixo D'água tudo era mais bonito, mais azul
mais colorido só faltava respirar, mas tinha que respirar, todo dia
(Arnaldo Antunes)
Quem sabe isso quer dizer amor
Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo a frente do sol
Abri a porta e antes de entrar, revi a vida inteira
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz
Falar da cor dos temporais
De céu azul das flores de abril
Pensar além do bem do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor, estrada de fazer o sonho acontecer
Pensei no tempo e era tempo de mais
E você sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor, estrada de fazer o sonho acontecer
(M. Nascimento/L. Borges)
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terça-feira, novembro 30, 2004
Ainda bem
Ainda bem,
Que você vive comigo
Por que senão,
Como seria essa vida?
Sei lá... sei lá.
Nos dias frios,
Em que nós estamos juntos
Nos abraçamos,
Sobre o nosso conforto
De amar... de amar.
Se há dores, tudo fica mais fácil,
Seu rosto silencia e faz parar.
As flores que me mandam são fatos
Do nosso cuidado e entrega.
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão.
Meu corpo sem o seu, uma parte
Seria um acaso e não sorte.
Entre tantos outros,
Entre tantos séculos,
Que sorte a nossa, hein?
Entre tantas paixões,
Nosso encontro, nós dois,
Esse amor.
(Vanessa da Mata)
sábado, novembro 27, 2004
A lua girou
A Lua Girou
adaptação: milton nascimento
A lua girou traçou no céu um compasso
Eu também quero fazer
Um travesseiro nos teus braços
Travesseiro dos meus braços
Só não faz quem não quiser
Um travesseiro dos meus braços
A Lua Girou
canção tradicional da bahia
A lua girou, girou,
Traçou no céu um compasso.
Eu só queria fazer
Um travesseiro dos seus braços.
Travesseiro dos meus braços,
Só não faz quem não quiser.
Sustenta a palavra de homem,
Que eu sustento a de mulher.
quarta-feira, novembro 24, 2004
Oito anos
Por que você é Flamengo
e meu pai Botafogo?
O que significa
"Impávido Colosso"?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme?
Por que os dentes caem?
Por onde os filhos saem?
Por que os dedos murcham
quando estou no banho?
Por que as ruas enchem
quando está chovendo?
Quanto é mil trilhões
vezes infinito?
Quem é Jesus Cristo?
Onde estão meus primos?
Well, well, well
Gabriel...
Por que o fogo queima?
Por que a lua é branca?
Por que a Terra roda?
Por que deitar agora?
Por que as cobras matam?
Por que o vidro embaça?
Por que você se pinta?
Por que o tempo passa?
Por que que a gente espirra?
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que que a gente morre?
Do que é feita a nuvem?
Do que é feita a neve?
Como é que se escreve
Reveillón?
Well, well, well,
Gabriel
(Paula Toller)
terça-feira, novembro 16, 2004
Eu Quero Sempre Mais
A minha vida, eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei
Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti
Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim
Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim
(IRA)
domingo, novembro 14, 2004
É Festa
Quando a gente ama faz qualquer loucura
Só se pensa em cama, se perde a censura
A alma desembesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Quando a gente gosta, gosta de anarquia
Anda descomposta, fica mais vadia
Faz o que não presta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Ah! Vale tudo na hora da gente amar
E a gente diz coisas que nem ia imaginar
Me lambe, me morde, me arranha, me bate
Ah! Isso não tinha que acabar
Quando a gente ama rir de orelha a orelha
Faz qualquer programa, o que der na telha
Canta até seresta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Quando a gente gosta some do analista
Topa até proposta de ser naturista
Ri de quem contesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Ah! Vale tudo na hora da gente amar
E a gente diz coisas que nem ia imaginar
Me lambe, me morde, me arranha, me bate
Ah! Isso não tinha que acabar
Quando a gente ama anda mais risonha
Vira mulher-dama, fica sem vergonha
Traz isso na testa, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Quando a gente gosta claramente assume
E se alguém encosta morre de ciúme
Paga até sugesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Até quando o sol raiar...
(Simone)
Só se pensa em cama, se perde a censura
A alma desembesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Quando a gente gosta, gosta de anarquia
Anda descomposta, fica mais vadia
Faz o que não presta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Ah! Vale tudo na hora da gente amar
E a gente diz coisas que nem ia imaginar
Me lambe, me morde, me arranha, me bate
Ah! Isso não tinha que acabar
Quando a gente ama rir de orelha a orelha
Faz qualquer programa, o que der na telha
Canta até seresta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Quando a gente gosta some do analista
Topa até proposta de ser naturista
Ri de quem contesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Ah! Vale tudo na hora da gente amar
E a gente diz coisas que nem ia imaginar
Me lambe, me morde, me arranha, me bate
Ah! Isso não tinha que acabar
Quando a gente ama anda mais risonha
Vira mulher-dama, fica sem vergonha
Traz isso na testa, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Quando a gente gosta claramente assume
E se alguém encosta morre de ciúme
Paga até sugesta, é festa, é festa, é festa, é festa...
Até quando o sol raiar
Até quando o sol raiar...
(Simone)
sábado, novembro 06, 2004
Tenho sede
Traga-me um copo d'água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco de água
E os meus olhos pedem teu olhar
A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede o teu amor
Se não me deres posso até morrer
(Gilberto Gil)
sexta-feira, outubro 22, 2004
Amendoim Torradinho
Meu bem,
Este teu corpo parece
Do jeito que ele me aquece
Um amendoim torradinho
E a gente
Nestes teus braços esquece
Do ponteirinho que desce
Só pra impedir teu carinho
Sinto uma vontade louca de gritar pela rua
Que eu já colei minha boca na boca que é tua
E de gritar no teu ouvido, lá dentro, bem fundo
Que não existe no mundo
Um amor mais profundo
Que o amor bem vagabundo
Que vem lá do meu bem
(Henrique Beltrão)
quarta-feira, outubro 20, 2004
Um trem para as estrelas
São sete horas da manhã
Vejo o Cristo da janela
O sol já apagou sua luz
E o povo lá embaixo espera
Nas filas de pontos de ônibus
Procurando aonde ir
São todos seus cicerones
Correm pra não desistir
Dos seus salários de fome
E a esperança que eles têm
Nesse filme como extras
Todos querem se dar bem
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Estranho o teu Cristo, Rio
Que olha tão longe, além
Com os braços sempre abertos
Mas sem proteger ninguém
Eu vou forrar as paredes
Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério
Eu vou dar o meu desprezo
Pra você que me ensinou
Que a tristeza é uma maneira
Da gente se salvar depois
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas...
(Cazuza/Gilberto Gil)
Vejo o Cristo da janela
O sol já apagou sua luz
E o povo lá embaixo espera
Nas filas de pontos de ônibus
Procurando aonde ir
São todos seus cicerones
Correm pra não desistir
Dos seus salários de fome
E a esperança que eles têm
Nesse filme como extras
Todos querem se dar bem
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Estranho o teu Cristo, Rio
Que olha tão longe, além
Com os braços sempre abertos
Mas sem proteger ninguém
Eu vou forrar as paredes
Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério
Eu vou dar o meu desprezo
Pra você que me ensinou
Que a tristeza é uma maneira
Da gente se salvar depois
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas
Num trem para as estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas...
(Cazuza/Gilberto Gil)
Coração vagabundo
Meu coração não se cansa de ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos sem dizer adeus
E fez dos olhos meus um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim.
(Caetano Veloso)
Drão
Drão, o amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar n'algum lugar
Ressucitar no chão nossa semeadura
Quem poderá fazer, aquele amor morrer
Nossa caminha dura
Dura caminhada, pela estrada escura
Drão, não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Entende-se infinito, imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer, aquele amor morrer
Nossa caminha dura, cama de tatame
Pela vida afora
Drão os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer, aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre nasce trigo
Vive morre pão
Drão, Drão
(Gilberto Gil)
quarta-feira, outubro 06, 2004
Um simples abraço
Sou uma colher
e o seu prato
está virado,
você não vai comer ?
Sou lá fora o frio
seu casaco
está guardado
você não vai passar em casa ?
E agora que eu amo você
O mundo não precisa nunca mais girar
Porque agora que eu amo você
Se eu a - mo
Vo - cê.
Sou uma avenida
e o seu carro
está parado
você não vai sair ?
Sou um temporal
e os seus lábios
estão fechados
mas se você sorrir eles se abrem.
O que você precisa ?
se você precisar.
Uma margarida comum
um beijo ou um simples abraço
que é pra você lembrar de mim.
(Nando Reis)
e o seu prato
está virado,
você não vai comer ?
Sou lá fora o frio
seu casaco
está guardado
você não vai passar em casa ?
E agora que eu amo você
O mundo não precisa nunca mais girar
Porque agora que eu amo você
Se eu a - mo
Vo - cê.
Sou uma avenida
e o seu carro
está parado
você não vai sair ?
Sou um temporal
e os seus lábios
estão fechados
mas se você sorrir eles se abrem.
O que você precisa ?
se você precisar.
Uma margarida comum
um beijo ou um simples abraço
que é pra você lembrar de mim.
(Nando Reis)
Banho cheiroso
você deve tomar banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
você sente uma moleza
sem ter doença nenhuma
tem a vida atrapalhada
não consegue coisa alguma
então ouça o meu conselho
ele é muito valoroso
pois não perca mais seu tempo
e tome banho cheiroso
você deve tomar
banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
ele é feito de tipy
pau de angola e puxuri
leva trevo de mulata
e também patchouli
jardineira, pataqueira
e também manjericão
leva rosa todo ano
amoníaco e açafrão.
você deve tomar banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
(Antônio Vieira)
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
você sente uma moleza
sem ter doença nenhuma
tem a vida atrapalhada
não consegue coisa alguma
então ouça o meu conselho
ele é muito valoroso
pois não perca mais seu tempo
e tome banho cheiroso
você deve tomar
banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
ele é feito de tipy
pau de angola e puxuri
leva trevo de mulata
e também patchouli
jardineira, pataqueira
e também manjericão
leva rosa todo ano
amoníaco e açafrão.
você deve tomar banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
(Antônio Vieira)
Preciso me encontrar
Deixe-me ir, preciso andar
vou por aí a procurar
rir pra não chorar
quero assistir ao sol nascer
ver as àguas e os rios correr
ouvir os pássaros cantar
eu quero nascer, quero viver
deixe-me ir preciso andar
vou por aí a procurar
rir pra não chorar
se alguém por mim perguntar
diga que eu só vou voltar
quando eu me encontrar
quero assistir ao sol nascer
ver as àguas e os rios correr
ouvir os pássaros cantar
eu quero nascer, quero viver
deixe-me ir preciso andar
vou por aí a procurar
rir pra não chorar
(Candeias)
terça-feira, outubro 05, 2004
O carioca
O meu pai é carioca
Minha mãe é carioca
E eu nasci nessa cidade onde o mundo desemboca
Transformando foz e fonte desse rio em pororoca
Eu nasci nessa cidade
E o meu filho é carioca
O meu pai é carioca
Minha mãe é carioca
E eu nasci nessa cidade onde a gente nem se toca
Onde o sonho de ser livre não se vende e nem se troca
Eu nasci nessa cidade
Meu amor é carioca
Os meus versos cariocas
Minhas filhas cariocas
Minhas pernas pelas ruas e avenidas cariocas
E se hoje eu desatino num sotaque nordestino
É que eu sei, desde menino
Que a sina da cidade é ser o porto das trocas
A cidade e suas docas
A cultura da mistura fura o tempo feito broca
E a mistura da cultura
Vai fazendo a escultura do que mais é carioca
E o meu pai é carioca
Minha mãe é carioca
Meu passado, minha tribo, minha taba, minha oca
Meu presente de argamassa pro futuro se desloca
Tudo é Rio de Janeiro
Todo mundo é carioca
(Alexandre Lemos)
Minha mãe é carioca
E eu nasci nessa cidade onde o mundo desemboca
Transformando foz e fonte desse rio em pororoca
Eu nasci nessa cidade
E o meu filho é carioca
O meu pai é carioca
Minha mãe é carioca
E eu nasci nessa cidade onde a gente nem se toca
Onde o sonho de ser livre não se vende e nem se troca
Eu nasci nessa cidade
Meu amor é carioca
Os meus versos cariocas
Minhas filhas cariocas
Minhas pernas pelas ruas e avenidas cariocas
E se hoje eu desatino num sotaque nordestino
É que eu sei, desde menino
Que a sina da cidade é ser o porto das trocas
A cidade e suas docas
A cultura da mistura fura o tempo feito broca
E a mistura da cultura
Vai fazendo a escultura do que mais é carioca
E o meu pai é carioca
Minha mãe é carioca
Meu passado, minha tribo, minha taba, minha oca
Meu presente de argamassa pro futuro se desloca
Tudo é Rio de Janeiro
Todo mundo é carioca
(Alexandre Lemos)
Vê se me esquece
Já que você não aparece,
venho por meio desta
devolver teu faroeste,
o teu papel de seda,
a tua meia bege,
tome também teu book,
leve teu ultraleve
carteira de saúde,
tua receita de quibe,
de quiabo, de quibebe,
do diabo que te carregue,
te carregue, te carregue
teu truque sujo, teu hálito,
teu flerte, tua prancha de surf,
tua idéia sem verve,
que nada disso me serve
Já que você não merece,
devolva minhas preces,
meu canto, meu amor,
meu tempo, por favor,
e minha alegria que,
naquele dia,
só te emprestei por uns dias
e é tudo que lhe pertence
PS: Já que você foi embora por que não desaparece?
(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)
venho por meio desta
devolver teu faroeste,
o teu papel de seda,
a tua meia bege,
tome também teu book,
leve teu ultraleve
carteira de saúde,
tua receita de quibe,
de quiabo, de quibebe,
do diabo que te carregue,
te carregue, te carregue
teu truque sujo, teu hálito,
teu flerte, tua prancha de surf,
tua idéia sem verve,
que nada disso me serve
Já que você não merece,
devolva minhas preces,
meu canto, meu amor,
meu tempo, por favor,
e minha alegria que,
naquele dia,
só te emprestei por uns dias
e é tudo que lhe pertence
PS: Já que você foi embora por que não desaparece?
(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)
Marcadores:
Itamar Assumpção e Alice Ruiz
Tudo ou nada
come on baby
transformar esse limão em limonada
passar da solidão pra doce amada
pegar um trem pra próxima Ilusão
come on baby
segurar esse rojão, metade cada
seguir o coração, em disparada
numa estrada que só tem a contramão
come on baby
arriscar não passe só de palhaçada
faz de conta que o que conta, conta nada
apostar na falta de exatidão
come on baby
repartir toda noite em vários dias
repetir tudo o que seja alegria
e sonhar na corda bamba da emoção
come on baby
voar sem avião, sem ter parada
Inverso da razão, ou tudo ou nada
fazer durar a chuva de verão
come on baby
você e eu, luar, beijos, madrugada,
a vida não tá certa, nem errada
aguarda apenas nossa decisão
(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)
transformar esse limão em limonada
passar da solidão pra doce amada
pegar um trem pra próxima Ilusão
come on baby
segurar esse rojão, metade cada
seguir o coração, em disparada
numa estrada que só tem a contramão
come on baby
arriscar não passe só de palhaçada
faz de conta que o que conta, conta nada
apostar na falta de exatidão
come on baby
repartir toda noite em vários dias
repetir tudo o que seja alegria
e sonhar na corda bamba da emoção
come on baby
voar sem avião, sem ter parada
Inverso da razão, ou tudo ou nada
fazer durar a chuva de verão
come on baby
você e eu, luar, beijos, madrugada,
a vida não tá certa, nem errada
aguarda apenas nossa decisão
(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)
Marcadores:
Itamar Assumpção e Alice Ruiz
Ladainha
"era uma vez
uma mulher
que via um futuro
grandioso
para cada homem
que a tocava
um dia
ela se tocou"
Eu pensava que o amor
me faria uma rainha
e quando você chegasse
não seria mais sozinha
você chega da gandaia
só pensando em umazinha
seu amor é pouca palha
para minha fogueirinha
o que você jogou fora
é para poucos
o meu mal foi
jogar pérolas
aos porcos
eu não sou da sua laia
não quero sua ladainha
pra ser mal acompanhada
prefiro ficar na minha
(Alzira Espíndola, Estrela Ruiz Leminski e Alice Ruiz)
uma mulher
que via um futuro
grandioso
para cada homem
que a tocava
um dia
ela se tocou"
Eu pensava que o amor
me faria uma rainha
e quando você chegasse
não seria mais sozinha
você chega da gandaia
só pensando em umazinha
seu amor é pouca palha
para minha fogueirinha
o que você jogou fora
é para poucos
o meu mal foi
jogar pérolas
aos porcos
eu não sou da sua laia
não quero sua ladainha
pra ser mal acompanhada
prefiro ficar na minha
(Alzira Espíndola, Estrela Ruiz Leminski e Alice Ruiz)
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Alzira Espíndola,
Estrela Ruiz Leminski e Alice Ruiz
Tô vivo
Para quem me ama, para quem nem tanto
Para quem me ouve quando eu canto
Para que me lembra, para quem já me esqueceu
Para quem nem sabe quem sou eu
Para quem me liga, para quem eu sou de briga
Para quem eu sou feito de amor
Para quem me beija, para quem não me deseja
Para quem eu sou compositor
Aviso
Ainda não tomei juízo
Não tenho nem metade do que eu preciso
Ainda continuo impulsivo
Às vezes eu discuto sem motivo
Mas em compensação tô vivo
Tô vivo
Para quem me julga, para quem me deixa em paz
Para quem já não me agüenta mais
Para quem me quer e para quem nunca me quis
Para quem eu sou tão infeliz
Para quem eu choro, para quem eu ignoro
Para quem eu quero só pra mim
Para quem eu paro, para quem eu me preparo
Para quem achar que eu tô no fim
Aviso
Ainda não tomei juízo
Não tenho nem metade do que eu preciso
Ainda continuo impulsivo
Às vezes eu discuto sem motivo
Mas em compensação tô vivo
Tô vivo
Para quem contou que eu saí do jogo
Para quem pensou que eu me queimei no fogo
Para quem me descartou antes da hora
Para quem achou que eu fui embora
Aviso
Ainda não tomei juízo...
(Alexandre Lemos)
Para quem me ouve quando eu canto
Para que me lembra, para quem já me esqueceu
Para quem nem sabe quem sou eu
Para quem me liga, para quem eu sou de briga
Para quem eu sou feito de amor
Para quem me beija, para quem não me deseja
Para quem eu sou compositor
Aviso
Ainda não tomei juízo
Não tenho nem metade do que eu preciso
Ainda continuo impulsivo
Às vezes eu discuto sem motivo
Mas em compensação tô vivo
Tô vivo
Para quem me julga, para quem me deixa em paz
Para quem já não me agüenta mais
Para quem me quer e para quem nunca me quis
Para quem eu sou tão infeliz
Para quem eu choro, para quem eu ignoro
Para quem eu quero só pra mim
Para quem eu paro, para quem eu me preparo
Para quem achar que eu tô no fim
Aviso
Ainda não tomei juízo
Não tenho nem metade do que eu preciso
Ainda continuo impulsivo
Às vezes eu discuto sem motivo
Mas em compensação tô vivo
Tô vivo
Para quem contou que eu saí do jogo
Para quem pensou que eu me queimei no fogo
Para quem me descartou antes da hora
Para quem achou que eu fui embora
Aviso
Ainda não tomei juízo...
(Alexandre Lemos)
Último Desejo
Nosso amor que eu não esqueço
E que teve o seu começo
Numa festa de São João
Morre hoje sem foguete
Sem retrato e sem bilhete
Sem luar, sem violão
Perto de você me calo
Tudo penso e nada falo
Tenho medo de chorar
Nunca mais quero o seu beijo
Mas meu último desejo
Você não pode negar
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga que você me adora
Que você lamenta e chora
A nossa separação
Às pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto
Que meu lar é o botequim
E que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida
Que você pagou pra mim
(Noel Rosa)
Linda flor
Ai, Ioiô
Eu nasci pra sofrer
Fui olhar pra você, meus olhinhos fechou
E quando os olhos abri, quis gritar, quis fugir
Mas você, eu não sei porque
Você me chamou
Ai, Ioiô
Tenha pena de mim
Meu Senhor do Bonfim pode inté se zangá
Se ele um dia souber
Que você é que é, o Ioiô de Iaiá
Sonhei toda noite
Pensei
Nos beijos de amor que eu lhe dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não
(E. Vogeler, Cândido Costa, Luiz Peixoto e Marques Porto)
Eu nasci pra sofrer
Fui olhar pra você, meus olhinhos fechou
E quando os olhos abri, quis gritar, quis fugir
Mas você, eu não sei porque
Você me chamou
Ai, Ioiô
Tenha pena de mim
Meu Senhor do Bonfim pode inté se zangá
Se ele um dia souber
Que você é que é, o Ioiô de Iaiá
Sonhei toda noite
Pensei
Nos beijos de amor que eu lhe dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não
(E. Vogeler, Cândido Costa, Luiz Peixoto e Marques Porto)
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domingo, outubro 03, 2004
Trocando em miúdos
Eu vou lhe dar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim?
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde
(C. Buarque/F. Hime)
Muito romântico
Não tenho nada com isso nem vem falar
Eu não consigo entender sua lógica
Minha palavra cantada pode espantar
E a seus ouvidos parecer exótica
Mas acontece que eu não posso me deixar
Levar por um papo que já não deu
Acho que nada restou pra guardar
Do muito ou pouco que houve entre você e eu
Nenhuma força virá me fazer calar
Faço no tempo soar minha sílaba
Canto somente o que pede pra se cantar
Sou o que soa eu não douro a pílula
Tudo o que eu quero é um acorde perfeito maior
Com todo o mundo podendo brilhar no cântico
Canto somente o que não pode mais se calar
Noutras palavras sou muito romântico
(Caetano Veloso)
Trem das cores
A franja da encosta, cor de laranja
Capim rosa-chá
O mel desses olhos luz, mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela, anel de turquesa
Os átomos todos dançam, madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto, explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato lábios cor de açaí
E aqui trem das cores, sábios projetos
Tocar na Central
E o céu de um azul celeste celestial
(Caetano Veloso)
A rã
Coro de cor, sombra de som de cor, de mal me quer
De mal me quer, de bem, de bem me diz
De me dizendo assim: serei feliz
Serei feliz de flor, de flor em flor
De samba em samba em som, de vai e vem
De verde, verde ver pé de capim
Bico de pena, pio de bem-te-vi
Amanhecendo sim perto de mim
Perto da claridade da manhã
A grama, a lama, tudo é minha irmã
A rama, o sapo, o salto de uma rã
(João Donato/Caetano Veloso)
Rapte-me camaleoa
Rapte-me camaleoa
Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à toa
De uma quasar pulsando loa
Interestelar canoa
Leitos perfeitos
Seus peitos direitos me olham assim
Fino menino me inclino pro lado do sim
Rapte-me, adapte-me, capte-me
It's up to me
Coração
Sem querer ser merecer ser um camaleão
Rapte-me camaleoa
Adapte-me ao seu
Ne me quitte pas
(Caetano Veloso)
Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à toa
De uma quasar pulsando loa
Interestelar canoa
Leitos perfeitos
Seus peitos direitos me olham assim
Fino menino me inclino pro lado do sim
Rapte-me, adapte-me, capte-me
It's up to me
Coração
Sem querer ser merecer ser um camaleão
Rapte-me camaleoa
Adapte-me ao seu
Ne me quitte pas
(Caetano Veloso)
A dois passos do paraíso
Longe de casa
Há mais de uma semana
Milhas e milhas distante
Do meu amor
Será que ela está me esperando?
Eu fico aqui sonhando...
Voando alto perto do céu.
Saio de noite andando sozinho
Vou entrando em qualquer barra
Eu faço meu caminho
No radio toca uma canção
Que me faz lembrar você
Eu eu fico louco de emoção
E já não sei o que vou fazer
Estou a dois passos do paraíso (Não sei se vou voltar).
Estou a dois passos do paraíso.(Talvez eu fique, eu fique por lá )
Estou a dois passos do paraíso.
Não sei porque que eu fui dizer bye bye Baby bye bye.
A rádio atividade leva até vocês mais um programa da série série "Dedique uma canção a quem você ama".
Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta, uma carta d'uma ouvinte que nos escreve e assina com o singelo pseudônimo de "Mariposa Apaixonada de Guadalupe".
Ela nos conta que no dia que seria o dia do dia mais feliz de sua vida, Arlindo Orlando, seu noivo, um caminhoneiro conhecido da pequena e pacata cidade de Miracema do Norte fugiu desapareceu, escafedeu-se.
Oh! Arlindo Orlando volte onde quer que você se encontre volte para o seio de sua amada; ela espera ver aquele caminhão voltando de faróis baixo.
(Blitz)
Lumiar
Anda, vem jantar, vem comer, vem beber
Farrear até chegar Lumiar
E depois deitar no sereno só Pra poder dormir e sonhar
Pra passar a noite caçando sapo, contando caso
De como deve ser Lumiar
Acordar, Lumiar, sem chorar, sem falar
Sem querer acordar e lumiar
Levantar e fazer café só Pra sair, caçar e pescar
E passar o dia moendo cana, caçando lua
Clarear de vez Lumiar
Amor, Lumiar, Pra viver, Pra encostar
Pra chover, Pra tratar de vadiar
Descansar os olhos, olhar e ver, e respirar,
Só Pra não ver o tempo passar
Pra passar o tempo até chover, até lembrar
De como deve ser Lumiar
Anda, vem jantar, vem dormir, vem sonhar
Pra viver, até chegar Lumiar
Estender o sol na varanda, até queimar
Só Pra não ter mais nada a perder
Pra perder o medo, mudar de céu, mudar de ar
Clarear de vez Lumiar
(Beto Guedes)
Sensual
Quando eu cantar quero ficar molhado de suor
E por favor, não vá pensar que é só a luz do refletor
Será minha alma que sua sob um sol negro de dor
Outro corpo, a pele nua, carne músculo e suor
Como um cão que uiva pra lua contra seu dono e feitor
Uma fera animal ferido, no dia do caçador
Humaníssimo gemido raro e comum como o amor
Humaníssimo gemido raro e comum como o amor
Quando eu cantar
Quero lhe deixar molhada de bom-humor
E por favor, não vá pensar que é só a noite ou o calor
Quero ver você ser inteiramente tocada
Pelo licor da saliva, a língua, o beijo, a palavra
Minha voz quer ser um dedo na tua chaga sagrada
Uma frase feita de espinho, espora em teus membros cansados
Sensual como o espírito ou como o verbo encarnado
Sensual como o espírito ou como o verbo encarnado
Toda suja de batom
Eu estou muito cansado
Do peso da minha cabeça
Desses dez anos passados, presentes
Vividos entre o sonho e o som
Eu estou muito cansado de não poder
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago em meu peito
E acho tão bom
Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental
Quero a sessão de cinema das cinco
Para beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom
(Belchior)
Do peso da minha cabeça
Desses dez anos passados, presentes
Vividos entre o sonho e o som
Eu estou muito cansado de não poder
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago em meu peito
E acho tão bom
Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental
Quero a sessão de cinema das cinco
Para beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom
(Belchior)
Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor
Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor
A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
(Zé Ramalho e Otacílio Batista)
Coração Selvagem
Meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção
Esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão
Eu quero um gole de cerveja no seu copo
No seu colo e nesse bar
Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja
Arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo
Tenho pressa de viver
Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
Que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
Tempo para ouvir o rádio no carro
Tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem
Tem essa pressa de viver
Meu bem, mas quando a vida nos violentar
Pediremos ao bom Deus que nos ajude
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar
Meu coração cuidado é frágil;
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela"
Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão
O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver
E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
E arriscar tudo de novo com paixão
Andar caminho errado pela simples alegria de ser
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo
Vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem
Talvez eu morra jovem:
Alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído
Completará o meu destino, meu bem... Que outros chamam de baby
(Belchior)
Tive razão
Tive razão, posso falar
Não foi legal, não pegou bem
Que vontade de chorar, dói
Em pensar que ele não vem só dói
Mas pra mim tá tranquilo
Eu vou zuar
O clima é de partida
Vou dar sequência na vida
De bobeira é que eu não estou
E você sabe bem como é que é
Eu vou
Mas poderei voltar quando você quiser
(Seu Jorge)
sábado, outubro 02, 2004
Diga lá, meu coração
São coisas dessa vida tão cigana. Caminhos como as linhas dessa mão. Vontade de chegar e olha eu chegando. E vem essa cigarra no meu peito já querendo ir cantar noutro lugar
Diga lá, meu coração
da alegria de rever essa menina
E abraçá-la
E beijá-la
Diga lá, meu coração
conte as histórias das pessoas
Das estradas
Dessa vida
Chore essa saudade estrangulada
Fale, sem você não há mais nada
Olhe bem nos olhos da morena
e veja lá no fundo a luz daquele
sol de primavera
Durma qual criança no seu colo
Sinta o cheiro forte do teu solo
Passe a mão nos seus cabelos negros
Diga um verso bem bonito
e vai embora
Diga lá, meu coração
que ela está dentro
do teu peito
e bem guardada
e que é preciso
mais que nunca
prosseguir
Prosseguir
(Espere por mim, morena
Espere que eu chego já
O amor por você...)
terça-feira, setembro 28, 2004
Nós dois
E nós que nem sabemos quanto nos queremos
Que nem sabemos tudo que queremos,
Como é difícil o desejo de amar
Você que nem me soube quanto eu quis
Que não me coube, não me viu raiz,
Nascendo, crescendo nos terrenos seus
Eu na janela olhando a lua, perguntando a lua
Onde você foi amar?
E nós que nem soubemos nos querer de vez
Estamos sós laçados em dois nós
Um que é meu beijo outro é o lábio seu
Não sei sair cantando sem cantar você,
Eu sei cantar mais conto com você
Eu vou seguir mas vou seguir você
Queria que assim sabendo se a gente se quer
Queria me rimar no seu colo mulher
Vencer a vida como ela vier
Ganhar o seu chegar no chegar meu
Dar de mim o homem que é seu
Ganhar o seu chegar no chegar meu,
Dar de mim o homem que é seu
(Tadeu Franco)
Lado a Lado
Fica assim acertado que a gente não separa mais
Coladinho, lado a lado, juntinho, amarrado, é bom demais
Fica assim acertado que a gente não separa mais
Coladinho, lado a lado, juntinho, amarrado, é samba, é jazz
Você fez o meu coração sorrir no inverno
Trouxe sorte pra minha canção
Amor eterno
Eu até já estava conformado, no meu canto tristinho e sofrendo
Mas você me ligou e foi dizendo
"Volta logo amor que eu tô morrendo"
Desde então a alegria tomou conta
Comecei a chorar de tão feliz
Minha cabeça até hoje anda tonta
Você é tudo que eu quero, eu tô feliz!
(Orlando Morais)
Coladinho, lado a lado, juntinho, amarrado, é bom demais
Fica assim acertado que a gente não separa mais
Coladinho, lado a lado, juntinho, amarrado, é samba, é jazz
Você fez o meu coração sorrir no inverno
Trouxe sorte pra minha canção
Amor eterno
Eu até já estava conformado, no meu canto tristinho e sofrendo
Mas você me ligou e foi dizendo
"Volta logo amor que eu tô morrendo"
Desde então a alegria tomou conta
Comecei a chorar de tão feliz
Minha cabeça até hoje anda tonta
Você é tudo que eu quero, eu tô feliz!
(Orlando Morais)
O sol nascerá
A sorrir
Eu pretendo levar
A vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida
Finda a tempestade
O sol nascerá
Finda esta saudade
Hei de ter outro alguém
Para amar
(Cartola)
Carinha linda
Cabelo molhado ao sol
caído nos ombros dourados de contra-luz
O mar de milhas azuis
escorre entre os seios na pele de alguém
que eu quero bem
O sal que tempera a cor
e deixa o seu gosto na língua do meu amor
que sabe me enlouquecer
e eu "armo a barraca" na areia pra não dizer:
Que carinha linda!
que olhar safado, gesto alucinado
me deixa passado, inseguro de ciúme sem saber porquê.
(Jorge Vercilo)
caído nos ombros dourados de contra-luz
O mar de milhas azuis
escorre entre os seios na pele de alguém
que eu quero bem
O sal que tempera a cor
e deixa o seu gosto na língua do meu amor
que sabe me enlouquecer
e eu "armo a barraca" na areia pra não dizer:
Que carinha linda!
que olhar safado, gesto alucinado
me deixa passado, inseguro de ciúme sem saber porquê.
(Jorge Vercilo)
Por tudo o que for
E depois,
A luz se apagou
E eu não consigo mais ficar sozinho aqui
Sem você é tão ruim, não tem sentido, prazer
Não há mais nada
Por favor,
Não me interpreta mal
Eu não queria nem devia te magoar
O tempo vem, o tempo vai
Passa por mim meio assim devagar
Vou dormir sentindo
O que a solidão pode fazer
A um ser ferido, por saber que o erro era meu
Já passou,
Agora já passou
Mas foi tão triste que eu não quero nem lembrar
Ver você
Ter você
O querer mais de nós dois não tem nada demais
E pensar
Você aparecer
Pela janela tão bonita de manhã
Vem pra mim e não vai mais
Me abraça me abraça por tudo que for
(Lobão)
Haja o que houver
Haja o que houver
eu estou aqui
haja o que houver
espero por ti
volta no vento
ó meu amor
volta depressa
por favor
há quanto tempo
já esqueci
porque fiquei
longe de ti
cada momento
é pior
volta no vento
por favor
eu sei, eu sei
quem és para mim
haja o que houver
espero por ti
(Madredeus)
Sete mil vezes
Sete mil vezes
Eu tornaria a viver assim
Sempre contigo
Transando sob as estrelas
Sempre cantando
A música doce que o amor
Pediu pra eu cantar
Noite feliz
Todas as coisas são belas
Sete mil vezes
E em cada uma outra vez querer
Sete mil outras
Em progressão infinita
Quando uma hora é grande e bonita
Assim, quer se multiplicar
Quer habitar
Todos os cantos do ser
Quarto crescente pra sempre
Um constante quando
Eternamente o presente você me dando
Sete mil vidas
Sete milhões e ainda um pouco mais
É o que desejo e o que deseja esta noite
Noite de calma e vento
Momento de prece e de carnavais
Noite de amor
Noite de fogo e de paz
(Caetano Veloso)
Uma noite sem você
Uma estrela brilha na brecha da noite
Clareando o calabouço da minha alma
No escuro e sem você eu perco a calma
Hora amarga que me encharca em seu açoite
A paixão me esquartejando com sua foice
E a garganta vomitando um grito rouco
Chamei tanto que eu quase fico louco
Quis mostrar um pouco do meu sentimento
Que uma noite sem você é muito tempo
E uma vida com você é muito pouco
A saudade incendiando a madrugada
No silêncio queima a chama da alegria
Inda lembro de você naquele dia
Me beijando me dizendo que me amava
Te amei tanto que eu não imaginava
Que sozinho ficaria triste e ôco
Quando o mundo me chamava eu tava mouco
Galopando no vagão do pensamento
Que uma noite sem você é muito tempo
E uma vida com você é muito pouco.
(João Linhares)
Clareando o calabouço da minha alma
No escuro e sem você eu perco a calma
Hora amarga que me encharca em seu açoite
A paixão me esquartejando com sua foice
E a garganta vomitando um grito rouco
Chamei tanto que eu quase fico louco
Quis mostrar um pouco do meu sentimento
Que uma noite sem você é muito tempo
E uma vida com você é muito pouco
A saudade incendiando a madrugada
No silêncio queima a chama da alegria
Inda lembro de você naquele dia
Me beijando me dizendo que me amava
Te amei tanto que eu não imaginava
Que sozinho ficaria triste e ôco
Quando o mundo me chamava eu tava mouco
Galopando no vagão do pensamento
Que uma noite sem você é muito tempo
E uma vida com você é muito pouco.
(João Linhares)
Pra você gostar de mim
vou comprar dois automóveis
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóveis
um prá mim outro pra ti
mas isso não constrói nada
porque o que você precisa
não se pode comprar
porque o que você precisa
não se encontra num bar
porque o que você precisa
é muito sim é muito singular
eu sou teimoso
eu vou comprar dois automóveis
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóves
um pra mim outro pra ti
vou jogar toda esperança
numa conta de poupança
pra você gostar de mim
mais isso não costrói ...
vou levar você pra copa
vou lhe mostrar toda europa
pra você gostar de mim.
(Vital Farias)
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóveis
um prá mim outro pra ti
mas isso não constrói nada
porque o que você precisa
não se pode comprar
porque o que você precisa
não se encontra num bar
porque o que você precisa
é muito sim é muito singular
eu sou teimoso
eu vou comprar dois automóveis
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóves
um pra mim outro pra ti
vou jogar toda esperança
numa conta de poupança
pra você gostar de mim
mais isso não costrói ...
vou levar você pra copa
vou lhe mostrar toda europa
pra você gostar de mim.
(Vital Farias)
Equalize
As vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso ficar tão solta
Me vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito
E enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho, tão de perto
me balanço devagar, como quando você me embala
O ritmo rola fácil, parece que foi ensaiado
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa frequencia que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim
Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais
Até parece que você já tinha
O meu Manual de Instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque, quando você me abraça, o mundo gira devagar
E o tempo é só meu e ninguém registra a cena
De repente vira um filme, todo em camera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você ( Repete 2 vezes)
Numa frequencia que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim.
(Pitty)
Não quero saber seu nome
NÃO LIGO PROS SEUS DEFEITOS
SE MORA LONGE OU NÃO
NÃO LEMBRO SEU TELEFONE
NÃO ME FALE SOBRE SEUS MEDOS
SE TEM SEGREDOS
PRA CONTAR OU NÃO
TUDO O QUE EU PRECISO
É SÓ ME APAIXONAR OUTRA VEZ
NÃO EU NÃO DESISTO
E EU POSSO TE PROVAR QUE EXISTE
NÃO SEI SOBRE SEUS PLANOS
NÃO QUERO SABER SEUS VÍCIOS
SE TEM AMIGOS LEGAIS OU NÃO
NEM MESMO QUANTOS ANOS
SE ME ESPERA HÁ ALGUNS ANOS
OU SE VAI MUDAR UM DIA OU NÃO
TUDO O QUE EU PRECISO
É TALVEZ SÓ INVENTAR UMA PAIXÃO
VEM FICAR COMIGO
E EU POSSO TE PROVAR QUE EXISTE
(SYLVIA PATRICIA)
SE MORA LONGE OU NÃO
NÃO LEMBRO SEU TELEFONE
NÃO ME FALE SOBRE SEUS MEDOS
SE TEM SEGREDOS
PRA CONTAR OU NÃO
TUDO O QUE EU PRECISO
É SÓ ME APAIXONAR OUTRA VEZ
NÃO EU NÃO DESISTO
E EU POSSO TE PROVAR QUE EXISTE
NÃO SEI SOBRE SEUS PLANOS
NÃO QUERO SABER SEUS VÍCIOS
SE TEM AMIGOS LEGAIS OU NÃO
NEM MESMO QUANTOS ANOS
SE ME ESPERA HÁ ALGUNS ANOS
OU SE VAI MUDAR UM DIA OU NÃO
TUDO O QUE EU PRECISO
É TALVEZ SÓ INVENTAR UMA PAIXÃO
VEM FICAR COMIGO
E EU POSSO TE PROVAR QUE EXISTE
(SYLVIA PATRICIA)
Minha Galera
O minha maconha
Minha torcida
Minha querida
Minha galera
O minha cachoeira
Minha menina
Minha flamenga
Minha capoeira
O minha menina
Minha querida
Minha Valéria...
O minha maloca
Minha larica
Minha cachaça
Minha cadeia
Minha vagabunda
O minha vida
Minha mambembe
O minha ladeira
O minha menina
Minha querida
Minha Valéria...
O minha torcida
Minha flamenga
Minha cadeia
O minha maconha
Minha torcida
Minha querida
Minha galera
Minha vagabunda
Minha mambembe
Minha beleza
Minha copoeira...
O minha menina
Minha querida
Minha Valéria...
Minha torcida
Minha flamenga
Minha cadeia
O minha maconha
Minha torcida
Minha querida
Minha galera...
(Mano Chao)
Figura
À mim não importa ser a sombra
quando você é a figura
ser a situação
quando você
é o assunto
Eu nasci pra estar ao seu lado
mesmo se não estamos juntos
e é por isso
que quando gritas
permaneço calado
Como o Sol determina
retrato falado
meu pé de laranja lima
Mas somos assim como um desenho
talvez
reflete e refletor
Você
as imagens que tenho
as que quero
as que tenho amor
À mim não importa ser a sombra
quando você é a figura
ser a situação
quando você
é o assunto
(Orlando Morais)
Meninos
Vou pro campo
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha
Estrelas no céu, no céu, no céu...
No céu da boca da onça é escuro
Não cometa não cometa
Não cometa furo
Pimenta malagueta não é
Pimentão tão, tão, tão...
Vou pro campo
Acampar no mato
No mato tem pato
Gato, carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d’água
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não caia nessa onda
Que a cachoeira é funda
E afunda
Não sou tanajura
Mas eu crio asas
Com os vagalumes
Eu quero voar, voar, voar...
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita
Quando tem luar, luar, luar...
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá
Dizem que verrugas são estrelas
Que a gente aponta
Que a gente conta
Antes de dormir, dormir, dormir...
Eu tenho contado
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir...
Os sete anões pequeninos,
Sete corações de meninos
E a alma leve, leve...
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
Da Branca de Neve, neve, neve...
Não sou tanajura...
(Xangai)
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha
Estrelas no céu, no céu, no céu...
No céu da boca da onça é escuro
Não cometa não cometa
Não cometa furo
Pimenta malagueta não é
Pimentão tão, tão, tão...
Vou pro campo
Acampar no mato
No mato tem pato
Gato, carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d’água
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não caia nessa onda
Que a cachoeira é funda
E afunda
Não sou tanajura
Mas eu crio asas
Com os vagalumes
Eu quero voar, voar, voar...
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita
Quando tem luar, luar, luar...
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá
Dizem que verrugas são estrelas
Que a gente aponta
Que a gente conta
Antes de dormir, dormir, dormir...
Eu tenho contado
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir...
Os sete anões pequeninos,
Sete corações de meninos
E a alma leve, leve...
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
Da Branca de Neve, neve, neve...
Não sou tanajura...
(Xangai)
Rebeldia
Tudo bem, nosso caso foi sério
Isso não vou negar
Tantas coisas vivemos
Gostoso relembrar
E minha maior dor
Foi ter que te deixar
Muito além do que a gente podia imaginar
Um não fala com o outro... por que será?
Tá fazendo de tudo pra me provocar
Tenta me esquecer
Mas não é assim
Do dia pra noite... liga pra mim
Pára com esse jogo tolo, com essa brincadeira
Essa tua rebeldia está me machucando
Todo mundo deve ter um amor
Mas se for para viver dissabor
Quero sossego
(Leci Brandão)
Isso não vou negar
Tantas coisas vivemos
Gostoso relembrar
E minha maior dor
Foi ter que te deixar
Muito além do que a gente podia imaginar
Um não fala com o outro... por que será?
Tá fazendo de tudo pra me provocar
Tenta me esquecer
Mas não é assim
Do dia pra noite... liga pra mim
Pára com esse jogo tolo, com essa brincadeira
Essa tua rebeldia está me machucando
Todo mundo deve ter um amor
Mas se for para viver dissabor
Quero sossego
(Leci Brandão)
Autonomia
É impossível nessa primavera eu sei
Impossível pois longe estarei
Mas pensando em nosso amor
Amor sincero
Ai, seu eu tivesse autonomia
Se eu pudesse gritaria
Não vou não quero
Escravizaram assim um pobre coração
É necessário a nova Abolição
Pra trazer de volta a minha liberdade
Se eu pudesse gritaria amor
Se eu pudesse brigaria amor
Não vou, não quero
(Cartola)
Tranquila
Tranqüila
Levo a vida tranqüila
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar
Tranqüila
Levo a vida tranqüila
Não tenho medo da morte
Não vou me preocupar
Que passe por mim a doença
Que passe por mim a pobreza
Que passe por mim a maldade,
a mentira e a falta de crença
Que passe por mim olho grande
Que passe por mim a má sorte
Que passe por mim a inveja,
a discórdia e a ignorância
Tranqüila
Levo a vida tranqüila
Que me passe
A doença que me passe
A pobreza que me passe
A maldade que me passe
Olho grande que me passe
A má sorte que me passe
A inveja que me passe
A tristeza da guerra
Tranqüila
Levo a vida tranqüila
domingo, setembro 26, 2004
Vila do Sossego
Oh eu não sei se eram os antigos que diziam
Em seus papiros papillon já me dizia
Que nas torturas toda carne se trai
E normalmente, comumente, fatalmente, felizmente
Dispicentemente o nervo se contrai
Oh oh oh oh com precisão
Nos aviões que vomitavam pára-quedas
Nas casamatas, casas vivas, caso morras
E nos delírios, meus grilos temer
O casamento, rompimento, sacramento, documento
Como um passatempo quero mais te ver
Oh oh oh oh com aflição
Meu treponema não é pálido, nem viscoso
Os meus gametas se agrupam no meu som
E as querubinas meninas rever
Um compromisso submisso, rebuliço no cortiço
Chame o padre ciço para me benzer
Oh oh oh oh com devoção
(Zé Ramalho)
Canção para um grande amor
Mas agora vai
Deixa o vento te seduzir
Deixa o novo sonho te invadir
E não volte nunca mais aqui pra me esperar
Mas agora vai
Lança teu destino em outro mar
Nâo recues nunca pra ancorar
Nunca pra duvidar
Deixa o sol queimar a tua pele
Deixa o céu forrar a tua cama
Deixa anoitecer
Tua chama, teus desejos
Mas agora vai
Porque ha vida em outra dimensão
Porque ha paz no outro coração
Porque com a gente não!
Porque com a gente não?
Mas agora vai
Buscar os novos horizontes
Pousar no colo de outros ombros
Saciar a sede do teu corpo louco
Vai pra sempre vai
ser feliz é uma estrada sem fim
Tens a força que eu nunca atingi
Tens a dor mas ainda sei que tens a mim
(Isabela Taviani)
Faltando um pedaço
O amor é um grande laço
Um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculo
Pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada
Com a fuga de uma ilha
Tanto engorda quanto mata
Feito desgosto de filha
O amor é como um raio
Galopando em desafio
Abre fendas, cobre vales
Revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro
Se perderá no caminho
Na pureza de um limão
Ou na solidão do espinho
O amor e a agonia
Cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio
O cio vence o cansaço
E o coração de quem ama
Fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando
Que nem o meu nos seus braços.
(Djavan)
Iolanda
Esta canção
Não é mais que uma canção,
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica,
Sem procurar a justa forma
Do que me vem de forma assim tão caudalosa,
Te amo, te amo,
Eternamente te amo.
Se me faltares
Nem por isso eu morro,
Se é pra morrer
Quero morrer contigo.
Minha solidão
Se sente acompanhada,
Por isso, às vezes, sei que necessito
Teu colo, teu colo,
Eternamente teu colo.
Quando te vi
Eu bem que estava certo
De quem me sentiria descoberto.
A minha pele
Vais despindo aos poucos,
Me abres o peito quando me acumulas
De amores, de amores,
Eternamente de amores.
Se alguma vez
Me sinto derrotado,
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo
Que tu me ensinaste.
Olho teu rosto e digo à ventania
Iolanda, Iolanda,
Eternamente Iolanda.
Iolanda,
Eternamente Iolanda,
Eternamente Iolanda.
(C. Buarque/ P. Milanes)
Esquece e vem
Dói mais teu silêncio que tua agressão
Tentar vencer
Saber dizer não
Ter seu espaço
Sua opção
Tudo em vão
A gente se esquece e tudo promete
Tenta não ver
Que enlouquece
A barra pesada
Isso nunca mais
Te encontrei
Nada adianta e não tem disfarce
Pra que mentir
Diz a verdade
Tanta solidão
A quem convém?
Esquece e vem
A gente quase tudo bem
(Nico Rezende)
segunda-feira, setembro 20, 2004
Se eu quiser falar com Deus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar
(Gilberto Gil)
Verdade chinesa
Era só isso que eu queria da vida:
Uma cerveja, uma ilusão atrevida
Que me dissesse uma verdade chinesa,
Uma intenção de um beijo doce na boca.
A tarde caiu e te levanta a magia,
Quem sabe a gente vai se ver outro dia,
Quem sabe o sonho vai ficar na conversa,
Quem sabe até a vida pague essa promessa.
Muita coisa a gente faz
Seguindo o caminho que o mundo tracou,
Seguindo a cartilha que alguém ensinou,
Seguindo a receita da vida normal.
Mas o que é a vida afinal?
Será que é fazer o que o Mestre mandou
E comer o pao que o diabo amassou
Perdendo da vida o que tem de melhor . . .
Senta, se acomoda a vontade,
Tá em casa, toma um copo,
Dá um tempo e a tristeza vai passar. . .
Deixa pra amanhã,
Tem muito tempo,
O que vale é o sentimento
E o amor que a gente tem no coração . . .
Era só isso que eu queria da vida,
Uma cerveja, uma ilusão atrevida
Que me dissesse uma verdade chinesa,
Uma intenção de um beijo doce na boca . . .
Uma cerveja, uma ilusão atrevida
Que me dissesse uma verdade chinesa,
Uma intenção de um beijo doce na boca.
A tarde caiu e te levanta a magia,
Quem sabe a gente vai se ver outro dia,
Quem sabe o sonho vai ficar na conversa,
Quem sabe até a vida pague essa promessa.
Muita coisa a gente faz
Seguindo o caminho que o mundo tracou,
Seguindo a cartilha que alguém ensinou,
Seguindo a receita da vida normal.
Mas o que é a vida afinal?
Será que é fazer o que o Mestre mandou
E comer o pao que o diabo amassou
Perdendo da vida o que tem de melhor . . .
Senta, se acomoda a vontade,
Tá em casa, toma um copo,
Dá um tempo e a tristeza vai passar. . .
Deixa pra amanhã,
Tem muito tempo,
O que vale é o sentimento
E o amor que a gente tem no coração . . .
Era só isso que eu queria da vida,
Uma cerveja, uma ilusão atrevida
Que me dissesse uma verdade chinesa,
Uma intenção de um beijo doce na boca . . .
Gabriel
É só de ninar
E de desejar que a luz do nosso amor
Matéria prima dessa canção
Fique a brilhar
E é pra você
E pra todo mundo que quer trazer assim
A paz no coração
Meu pequeno amor
E de você me lembrar
Toda vez que a vida mandar olhar pro céu
Estrela da manhã
Meu pequeno grande amor
Que é você Gabriel
Pra poder ser livre como a gente quis
Quero te ver feliz
(Beto Guedes)
E de desejar que a luz do nosso amor
Matéria prima dessa canção
Fique a brilhar
E é pra você
E pra todo mundo que quer trazer assim
A paz no coração
Meu pequeno amor
E de você me lembrar
Toda vez que a vida mandar olhar pro céu
Estrela da manhã
Meu pequeno grande amor
Que é você Gabriel
Pra poder ser livre como a gente quis
Quero te ver feliz
(Beto Guedes)
Você pode ir na janela
Se não vai
Não desvie a minha estrela
Não desloque a linha reta
Você só me fez mudar
depois mudou de mim
Você quer me biografar
Mas não quer saber do fim
Mas se vai
Você pode ir na janela
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer
E ao chegar no meu jardim
Mostro as flores que falei
Vai sem duvidar
Mas se ainda faz sentindo, vem
Até se for bem no final
Será mais lindo
Como a canção que um dia fiz
Pra te brindar
(GRAM)
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